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Minério de ferro fecha em queda com onda de calor na China e problemas no setor imobiliário

17 ago 2022, 9:58 - atualizado em 17 ago 2022, 9:58
Minerio de ferro
Minério de ferro volta a fechar em queda com riscos vindos da China, mas Vale tem surfando na onda do apetite estrangeiro por ações brasileiras (Imagem: REUTERS/Muyu Xu)

O minério de ferro voltou a fechar em queda hoje no mercado futuro em Dalian (China), em meio à parada nas fábricas por causa da onda de calor na China. O impacto dos problemas no setor imobiliário sobre a economia chinesa também pesa na commodity metálica.

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Ao final da sessão, o contrato futuro mais líquido do minério de ferro, com vencimento em janeiro, fechou em queda de 1,19% em Dalian (China), a 706,50 yuans. Na mínima do dia, a commodity chegou a cair mais de 4%, cotada a 683,50 yuans.

A China ordenou que quase todas as fábricas da província de Sichuan fechassem por seis dias, à medida que o país luta para lidar com a pior onda de calor desde 1961. A decisão interromperá a produção de energia solar e semicondutores.

Calor, covid-19 e imóveis

O verão intenso na China já ultrapassa os 60 dias consecutivos de temperaturas elevadas. Ao mesmo tempo, o racionamento de energia é ordenado em residências, escritórios e shoppings.

Com isso, crescem as preocupações em relação à atividade econômica na China, que já vem sendo afetada pela política de “Covid Zero”. Para o BCA Research, a divulgação dos dados chineses referente a julho na última segunda-feira (15) refletiu uma ampla desaceleração na economia do país.

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Os principais indicadores da atividade doméstica no mês passado, como produção industrial, investimento em ativos fixos, vendas no varejo e investimento imobiliário, geraram surpresas negativas. “Os problemas do setor imobiliário continuam sendo o principal obstáculo à economia chinesa”, diz a consultoria, em relatório.

E a Vale?

Ainda assim, as ações da Vale deslancharam 2,42% ontem, fechando cotadas a R$ 69,95, com a mineradora surfando na onda positiva do fluxo estrangeiro na bolsa brasileira.

Porém, fica a dúvida sobre como fica o cenário para Vale e CSN nos próximos meses, após resultados financeiros mais fracos no segundo trimestre deste ano, puxados pelo “vilão” minério de ferro.

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Editora-chefe
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.
olivia.bulla@moneytimes.com.br
Olívia Bulla é editora-chefe do Money Times, jornalista especializada em Economia e Mercado Financeiro, com mais de 15 anos de experiência. Tem passagem pelos principais veículos nacionais de cobertura de notícias em tempo real, como Agência Estado e Valor Econômico. Mestre em Comunicação e doutoranda em Economia Política Mundial, com fluência em inglês, espanhol e conhecimento avançado em mandarim.