AgroTimes

Minerva (BEEF3): CEO cita tranquilidade para dívida por caixa robusto, com ciclo positivo no Brasil e embarques para EUA

08 ago 2024, 16:30 - atualizado em 08 ago 2024, 17:48
minerva beef3
Durante o teleconferência de resultados, o CFO confirmou os planos da companhia de descontinuar sua exportação de gado vivo (Foto: Minerva)

O CEO da Minerva Foods (BEEF3), Fernando Queiroz, disse nesta quinta-feira (8) que o primeiro semestre de 2024 encerrou com números robustos, impulsionado pela diversificação geográfica e pela posição como maior exportadora de carne bovina da América do Sul, com 20% de market share no continente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A empresa apresentou na véspera lucro líquido de R$ 95,4 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), queda de 21% na comparação com o 2T23. O mercado esperava um lucro líquido de R$ 88 milhões.

“Seguimos trabalhando para a conclusão da aquisição dos ativos da Marfrig (MRFG3), para assim iniciar o processo de integração dos ativos. Além disso, estamos otimistas para os próximos trimestres e o descompasso de oferta e demanda, com o ciclo favorável do gado no Brasil e a menor oferta nos EUA, que beneficia nós produtores da América do Sul”, disse em teleconferência.

No 2T24, os países do Nafta (México, EUA e Canadá) responderam por 15% da receita bruta de exportações, sendo 13% desse montante referente aos EUA. A Ásia, por sua vez, respondeu por 21% da receita bruta, com a China representando 14%. As Américas, por outro lado, representaram 36%, com 18% do Brasil e 7% do Chile.

Caixa robusto traz tranquilidade

Queiroz destacou ainda que o posição de caixa de R$ 16,5 bilhões da companhia dá tranquilidade para Minerva em meio a dívida líquida/Ebitda LTM de 2,98x. Ao final de junho, aproximadamente 76% do total da dívida estava indexada a variação do dólar. De acordo com sua política de hedge, o frigorífico mantém “hedgeada” no mínimo 50% da exposição cambial de longo prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Segundo ele, outro ponto positivo do 2T24 ficou para habilitação de 3 plantas do Paraguai para o Canadá, com capacidade para abater 6.260 cabeças/dia.

Minerva descontinua exportação de gado vivo

Ainda durante o call de resultados, os analistas chamaram a atenção e questionaram a queda de 33,5% no comparativo trimestral no segmento “Outros”, que compreende os resultados dos segmentos de exportação de gado vivo, trading de proteínas, energia e revenda de produtos de terceiros.

Segundo o CFO, Edison Ticle, a queda ficou pela redução na exportação de gado vivo da empresa, em meio os planos da Minerva para descontinuar essa atividade, cada vez menos representativa no balanço da empresa, e que deve se tornar ainda menos relevante após a incorporação das plantas da Marfrig.

“Esse é um segmento que conta com uma volatilidade grande, não fazendo mais sentido mantermos esse negócio em termos de risco/retorno. Quanto a aquisição das plantas da Marfrig, o mercado ainda parece não ter entendido as vantagens para Minerva com o acordo”, disse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Minerva na bolsa

As ações do frigoríficos encerraram o pregão da quinta-feira (8) entre as maiores altas do principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa. BEEF3 fechou em alta de +5,04%, a R$ 7,29.



CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Linkedin
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
Linkedin
Quer ficar por dentro de tudo que acontece no mercado agro?

Editoria do Money Times traz tudo o que é mais importante para o setor de forma 100% gratuita

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar