Minerva (BEEF3): Goldman atualiza projeções para 2025 e reduz preço-alvo; veja recomendação

O Goldman Sachs reduziu seu preço-alvo para as ações da Minerva Foods (BEEF3) de R$ 6,95 para R$ 6,00, mantendo a recomendação neutra para o papel.
O banco espera que a Minerva registre vendas consolidadas de R$ 52,5 bilhões em 2025, 5% acima do consenso da Bloomberg e ligeiramente abaixo do ponto médio do guidance da administração, que varia de R$ 50 a R$ 58 bilhões.
“Esse cenário assume que as operações legadas da Minerva operem com uma taxa média de utilização de 60 a 65% entre o 2T25 e o 4T25, enquanto os ativos adquiridos da Marfrig avancem gradualmente até encerrar o ano com 65% (em comparação com 55% consolidados no 1T25)”, veem Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, que assinam o relatório.
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Apesar disso, os analistas continuam prevendo um fluxo de caixa livre (FCF) negativo em 2025 de R$ 371 milhões, pressionado em parte pelo nível de alavancagem e pelas despesas financeiras.
“Embora nossas projeções de Ebitda para 2025, 2026 e 2027 tenham aumentado em média 9%, reduzimos o preço-alvo devido à diminuição do múltiplo-alvo, refletindo em parte um balanço mais alavancado após a aquisição dos ativos da Marfrig”.
O lado positivo, de acordo com a tese do Goldman, incluem:
- Maior demanda global por carne bovina da América Latina diante de possíveis mudanças nas relações comerciais bilaterais;
- Possível venda de ativos não essenciais e uma desalavancagem mais rápida do que o esperado;
- Um cenário macroeconômico mais forte na China;
- Abertura de novos mercados para a carne bovina brasileira, como o Japão;
- Um ciclo pecuário mais longo e favorável no Brasil.
Já os fatores de baixa para o papel são:
- Riscos na integração da aquisição da Marfrig;
- Alavancagem elevada e suas implicações para a geração de fluxo de caixa livre e distribuição futura de dividendos;
- Novos embargos ou proibições de exportação, além de possíveis interrupções sanitárias;
- Ajuste mais rápido e profundo do que o esperado no ciclo pecuário no Brasil;
- Guerra comercial e tarifas estruturalmente mais altas que impactem a competitividade da carne sul-americana;
- Volatilidade cambial;
- Nova desaceleração da demanda chinesa;
- Aumento da concorrência para as exportações brasileiras de carne;
- Volatilidade política e macroeconômica persistente na Argentina.