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Minerva (BEEF3): Goldman atualiza projeções para 2025 e reduz preço-alvo; veja recomendação

30 maio 2025, 11:45 - atualizado em 30 maio 2025, 11:45
Minerva beef3 (3)
(Imagem: Divulgação/Minerva Foods)

Goldman Sachs reduziu seu preço-alvo para as ações da Minerva Foods (BEEF3) de R$ 6,95 para R$ 6,00, mantendo a recomendação neutra para o papel.

O banco espera que a Minerva registre vendas consolidadas de R$ 52,5 bilhões em 2025, 5% acima do consenso da Bloomberg e ligeiramente abaixo do ponto médio do guidance da administração, que varia de R$ 50 a R$ 58 bilhões.

“Esse cenário assume que as operações legadas da Minerva operem com uma taxa média de utilização de 60 a 65% entre o 2T25 e o 4T25, enquanto os ativos adquiridos da Marfrig avancem gradualmente até encerrar o ano com 65% (em comparação com 55% consolidados no 1T25)”, veem Thiago Bortoluci e Nicolas Sussmann, que assinam o relatório.

Apesar disso, os analistas continuam prevendo um fluxo de caixa livre (FCF) negativo em 2025 de R$ 371 milhões, pressionado em parte pelo nível de alavancagem e pelas despesas financeiras.

“Embora nossas projeções de Ebitda para 2025, 2026 e 2027 tenham aumentado em média 9%, reduzimos o preço-alvo devido à diminuição do múltiplo-alvo, refletindo em parte um balanço mais alavancado após a aquisição dos ativos da Marfrig”.

O lado positivo, de acordo com a tese do Goldman, incluem:

  1. Maior demanda global por carne bovina da América Latina diante de possíveis mudanças nas relações comerciais bilaterais;
  2. Possível venda de ativos não essenciais e uma desalavancagem mais rápida do que o esperado;
  3. Um cenário macroeconômico mais forte na China;
  4. Abertura de novos mercados para a carne bovina brasileira, como o Japão;
  5. Um ciclo pecuário mais longo e favorável no Brasil.

Já os fatores de baixa para o papel são:

  1. Riscos na integração da aquisição da Marfrig;
  2. Alavancagem elevada e suas implicações para a geração de fluxo de caixa livre e distribuição futura de dividendos;
  3. Novos embargos ou proibições de exportação, além de possíveis interrupções sanitárias;
  4. Ajuste mais rápido e profundo do que o esperado no ciclo pecuário no Brasil;
  5. Guerra comercial e tarifas estruturalmente mais altas que impactem a competitividade da carne sul-americana;
  6. Volatilidade cambial;
  7. Nova desaceleração da demanda chinesa;
  8. Aumento da concorrência para as exportações brasileiras de carne;
  9. Volatilidade política e macroeconômica persistente na Argentina.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.