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Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3) ou Marfrig (MRFG3)? Banco gringo recomenda apenas um frigorífico antes dos resultados do 2T23

25 jul 2023, 10:05 - atualizado em 25 jul 2023, 10:05
Frigorífico
De acordo com banco norte-americano, Minerva, JBS ou Marfrig devem se beneficiar de um ressurgimento da demanda chinesa e melhores custos (Imagem: Unsplash/@shanish87)

O JP Morgan atualizou seus modelos para as ações do setor de proteína animal e recomendou a compra de apenas um frigorífico entre Minerva (BEEF3), JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3) antes dos resultados do segundo trimestre de 2023 (2T23).

De acordo com o banco, o setor convive com alguns ruídos, e a transição ao ciclo positivo do gado no Brasil tem se mostrado mais lenta do que o esperado por conta da demanda chinesa projetada e menores preços, assim como pelo embargo ao Brasil em função do caso de mal da vaca louca e o fortalecimento do real.

Apesar de não realizar grandes mudanças nas teses, o banco afirma que foi necessário realizar alguns apontamentos.

Dessa forma, o JP prevê resultados neutros a negativos na visão dos investidores no 2T23, especialmente para Minerva e JBS, dadas as margens mais fracas dos Estados Unidos e demanda chinesa por carne bovina.

Ainda assim, o banco acredita que um frigorífico deva se beneficiar com um ressurgimento da demanda chinesa, assim como um alívio nos custos de produção mais a frente.

Em qual frigorífico apostar antes do 2T23?

Marfrig (MRFG3)

Apesar da ação parecer barata, a empresa conta com margens fracas de carne bovina dos Estados Unidos, com a redução da oferta de gado e dos preços da carne bovina, já que o consumidor americano sofre com a alta inflação.

Segundo o JP, as margens dos EUA respondem por 85% dos negócios da empresa.

Além disso, a participação da empresa na BRF (BRFS3) na visão do banco traz mais perguntas do que respostas neste momento em termos de orientação estratégica para o novo investimento.

Assim, o frigorífico conta com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 8,00.

JBS (JBSS3)

O banco conta com uma visão neutra para o frigorífico devido ao cenário de deterioração de diversos negócios da empresa.

Enquanto a desaceleração do ciclo do gado nos Estados Unidos era esperada, a recente seca em áreas produtoras e o intenso efeito liquidante, combinado com a baixa demanda expectativas, provavelmente tornarão o ciclo mais profundo do que o esperado.

Apesar de a JBS ser bem diversificada, o JP enxerga uma tempestade perfeita se aproximando, e a falta de catalisadores claros e aliada a uma deterioração da margem pode silenciar o desempenho do preço das ações.

Além disso, tem sinalizado que recompras e fusões e aquisições não devem estar no horizonte, enquanto a listagem nos EUA não deve ser um evento de curto prazo.

Dessa forma, o frigorífico conta com recomendação neutra e preço-alvo de R$ 25,00.

Minerva (BEEF3)

O JP Morgan classifica o frigorífico como o mais exposto aos benefícios de reabertura da China para os volumes de exportação de carne bovina da América do Sul e preços.

Além disso, a Minerva deve contar com “ventos favoráveis” com a melhoria do ciclo do gado no Brasil nos próximos 18 meses.

Assim, o banco tem recomenda “overweight” (equivalente a compra) para as ações, com preço-alvo de R$ 12,50, sendo essa a única recomendação de compra do JP para um frigorífico antes dos resultados.

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil, que cobre o ciclo da oleaginosa do plantio à colheita, e do Agro em Campo, programa exibido durante a Copa do Mundo do Catar e que buscava mostrar as conexões entre o futebol e o agronegócio.
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