Minerva (BEEF3) lidera quedas no Ibovespa nesta quinta (8); veja o que fazer com as ações agora, segundo analistas

Após a divulgação do balanço do primeiro trimestre de 2025 (1T25), as ações da Minerva Foods (BEEF3) configuraram entre as principais quedas na bolsa. Nesta quinta-feira (8), BEEF3 encerrou as negociações com queda de 7,69%, a R$ 5,16.
Apesar de reportar um lucro líquido de R$ 185 milhões e reverter o prejuízo no comparativo anual, alguns analistas encontraram um cenário nada fácil pelo caminho pelo caminho.
O BTG Pactual avalia que os números revelaram que há menos gado disponível, o que reduz a produção, aumenta os custos e pressiona as margens de lucro da companhia. Desta forma enxergam esses pontos negativos como um “neutralizador” dos positivos.
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Os analistas do Santander reiteram que os volumes fracos expõem desafios operacionais para a companhia. A Minerva embarcou 210 mil toneladas de carne bovina do Brasil no 1T25, número 10% abaixo da projeção do banco e quase 20% abaixo do consenso de mercado.
“O desempenho fraco foi influenciado pela desaceleração nas operações já existentes e pelo ritmo mais lento que o esperado na integração das plantas recém-adquiridas”, relatou o banco.
Entre os principais desafios elencados pelos analistas estão os preços abaixo da média, baixa utilização da capacidade produtiva e acesso limitado a mercados internacionais. Os profissionais também avaliam que o ciclo pecuário no Brasil e o alto nível de alavancagem continuam a pesar sobre as perspectivas, mesmo com o avanço das novas aquisições.
Apesar disso, o Santander avalia que a Minerva o guidance positivo para 2025, que sugere um potencial de alta frente às estimativas atuais, tanto da casa (cerca de R$ 51 bilhões) quanto do mercado.
No entanto, a falta de detalhes sobre premissas-chave — como preços, câmbio e contribuição da divisão de trading — limita a visibilidade sobre essa projeção.
Ambas as casas possuem recomendação neutra para a ação com preço-alvo em R$ 7,00, pelo Santander, e R$ 10,00, pelo BTG.
O BB Investimentos, por outro lado, manteve a sua recomendação de compra, com preço-alvo em R$ 9,00. Para os analistas, as expectativas para a companhia seguem positivas, com avanços na integração dos novos ativos, manutenção da demanda externa por carne bovina e redução da alavancagem financeira ao longo dos próximos trimestres.
“Até incorporarmos o novo guidance de receita divulgado pela companhia e a subscrição privada das ações ora em curso, mantemos nosso preço-alvo para o final de 2025” avalia o banco.