Minerva (BEEF3) vê avanço de R$ 9,2 bi para receita bruta com novos ativos da Marfrig; ‘Muitos disseram que foi caro’, diz CFO
A Minerva Foods (BEEF3) acumulou uma receita bruta de R$ 9,2 bilhões com os novos ativos da Marfrig (atualmente MBRF) nos últimos 12 meses (LTM3T25). Essa receita da Minerva, que lucrou R$ 120 milhões no 3T25, foi um dos destaques abordados na teleconferência da empresa realizada nesta quinta-feira (6).
Desse total de 13 plantas (11 no Brasil, uma na Argentina e uma no Chile), o Brasil reportou receita bruta de R$ 8,202 bilhões, enquanto Argentina e Chile registraram R$ 914 milhões e R$ 81,7 milhões, respectivamente. Vale lembrar que os ativos foram adquiridos por cerca de R$ 7,18 bilhões, excluindo as 3 plantas negadas no Uruguai.
O frigorífico esperava integrar os ativos, adquiridos em 28 de outubro de 2024, entre 12 e 15 meses após a conclusão da aquisição, mas o 3T25 e especificamente o mês de setembro, foi o primeiro mês com operações e performance normalizados, bem antes do prazo inicial. Apesar dos números fortes, a receita, Ebitda e margens ainda operaram abaixo da performance histórica dos ativos.
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O CFO da Minerva, Edison Ticle, reforçou que 4T25 será o primeiro trimestre normalizado após a integração, sem ramp-up de plantas, mix de vendas equilibrado e sem necessidade adicional de capital de giro. “Muitos disseram que foi caro. Mesmo sob a ótica financeira, realizamos uma operação atrativa”.
Já o CEO da companhia, Fernando Queiroz, disse enxergar com otimismo o final de 2025, com oportunidades para exportação na América do Sul, devido a um desequilíbrio na oferta e demanda de carne bovina. No 3T25, as exportações responderam por 61% da receita bruta, com os EUA respondendo por 21% e China em 17%.