AgroTimes

Minerva (BEEF3): XP ‘vira página’ e elege ação como top pick, com perspectiva de cortes para Selic nos próximos anos

25 jun 2025, 11:21 - atualizado em 25 jun 2025, 11:21
Minerva beef3 (4)
Os analistas reconhecem que o cenário otimista para Minerva não está isento de riscos, principalmente por conta da alavancagem elevada. (Imagem: Divulgação/Minerva Foods)

A XP Investimentos elevou sua recomendação para Minerva Foods (BEEF3) de neutra para compra, escolhendo a ação como sua top pick (ação favorita) no segmento de “Agronegócio, Alimentos e Bebidas”, com novo preço-alvo de R$ 7,90 (potencial de alta de 66,32%).

A mudança acontece após a conclusão da oferta de capital e atualização do modelo proprietário de oferta e demanda para proteínas.

Apesar dos analistas reconhecerem que o cenário otimista não está isento de riscos, principalmente por conta da alavancagem elevada, eles reforçam uma visão construtiva.

“A Minerva se destaca como o único nome na nossa cobertura de Agronegócio e Alimentos e Bebidas que oferece uma história de momentum de lucros, impulsionada por fundamentos favoráveis de oferta e demanda e pela expansão dos ativos recentemente adquiridos. Além disso, a ação está bem posicionada como uma oportunidade atrativa em um cenário macroeconômico de expectativa de cortes nas taxas de juros nos próximos anos”, apontam Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak.

BEEF3: Impulso favorável e riscos para tese

A XP espera que o impulso favorável se acelere para Minerva nos próximos trimestres, impulsionado por:

  1. Expansão das plantas recentemente adquiridas, tanto em volumes quanto em preços, onde adotamos premissas conservadoras;
  2. Perspectiva favorável de oferta e demanda para preços globais de proteínas, sustentada por um déficit global de proteínas;
  3. Visão mais construtiva para exportações, com os preços de exportação ganhando força (o acompanhamento da última semana está 11,8% acima da média de março).

“Atualizamos nosso balanço proprietário de oferta e demanda de proteínas e agora projetamos uma disponibilidade de gado melhor do que o esperado para o segundo semestre de 2025. Isso deve atuar como um importante fator positivo para as margens da Companhia nos próximos trimestres, à medida que a fase de ramp-up [aumento gradual da produção ou das operações] avança”.

Entre os riscos para tese, estão:

  1. As premissas de ramp-up dos novos ativos;
  2. Taxas de câmbio;
  3. Taxas de juro.

“Nossa conclusão é que o cenário apresenta uma assimetria positiva em termos de valuation e lucros. Mesmo em um cenário extremo, estimamos que a ação estaria negociando a 4,9x EV/Ebitda para 2025 e com um yield de FCF de 9,2% para 2026. Embora esse claramente não seja um cenário particularmente atrativo, reforça nossa visão de que a assimetria permanece positiva”.

Compartilhar

Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo. Em 2024 e 2025, ficou entre os 100 jornalistas + Admirados da Imprensa do Agronegócio.