Mini-índice cai forte e flerta com perda da faixa de sustentação de tendência de alta no longo prazo

O Ibovespa futuro (WINV25), ou mini-índice, encerrou esta terça-feira (7) em forte queda de 1,66%, aos 141.777 pontos, acompanhando o tom negativo da bolsa brasileira.
De acordo com análise técnica do BTG Pactual, o mini-índice rompeu níveis importantes: as principais resistências estavam em 145.880, e o suporte relevante em 144.000 pontos, ambos já ultrapassados. Agora, a última faixa de sustentação que preserva a tendência de alta de longo prazo está em torno dos 140 mil pontos.
Já o dólar futuro para outubro avançou 0,70%, negociado a R$ 5,382.
O contrato voltou a operar abaixo das médias móveis, que retomaram inclinação negativa, indicando retomada da pressão vendedora. O BTG destaca suportes em 5.340 e 5.300, enquanto as resistências mais próximas estão em 5.370 e 5.400.
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Ibovespa futuro em queda com incertezas sobre a MP da Taxação
No exterior, o dólar, que mede a força do dólar frente a outras divisas, ganhou 0,38%, aos 98.105 pontos.
No exterior, a crise política na França e a continuidade do shutdown nos Estados Unidos ampliaram o clima de aversão a risco, afetando ativos emergentes e fortalecendo o dólar frente a moedas de países exportadores de commodities.
Por aqui, o Ibovespa futuro, do lado fundamentalista, foi pressionado pela incerteza em torno da Medida Provisória (MP) 1.303, que trata da taxação de apostas esportivas e substitui o aumento do IOF proposto pelo governo. O índice recuou 1,57%, aos 141.356 pontos, refletindo o aumento da aversão a risco global.
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Com a MP prestes a perder validade nesta quarta-feira (8), as atenções se voltaram ao Congresso Nacional. O relator da proposta, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), apresentou nova versão do texto incluindo um programa de cobrança retroativa das apostas esportivas (bets) e mantendo isenções para LCA, LCI, LCD, LH e LIG.
Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o programa de repatriação deve aplicar uma taxa de 30% sobre valores regularizados, com arrecadação estimada em R$ 5 bilhões em três anos. A MP, no total, prevê R$ 17 bilhões em receitas até 2026.
Haddad também confirmou, mais cedo, que a tarifa zero no transporte público integrará o plano de campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.