Mini-índice fica estável e dólar futuro tem leve queda de 0,14%

O mini-índice (WINV25), ou Ibovespa futuro, encerrou esta sexta-feira (3) praticamente estável, em leve alta de 0,03%, aos 144.701 pontos.
Segundo análise técnica do BTG Pactual divulgada mais cedo, o ativo rompeu, ontem, a média de 200 períodos, que atuava como o principal suporte da tendência de alta de curto prazo
O banco aponta que o movimento indica uma correção tática mais intensa, com alvo na região de 143.800. Para uma eventual retomada da força compradora, será necessário o mini-índice voltar a operar acima dos 146.500 pontos.
Já o dólar futuro para outubro caiu 0,14%, negociado a R$ 5,372. . O ativo vem testando a resistência de 5.400 e recuou, reforçando a tendência de baixa de médio prazo.
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Para que a pressão vendedora ganhe força, o preço precisa voltar a operar abaixo das médias móveis, próximas de 5.350, o que abriria espaço para um teste no suporte relevante de 5.300. Na manhã desta sexta, o ativo volta a recuar 0,2%, aos 5.368.
Mini-índice e dólar futuro também reagem a notícias
O DXY, que mede a força do dólar frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, caiu 0,15%, aos 97,711 pontos.
No exterior, o foco esteve na paralisação do governo norte-americano (shutdown), que deve se prolongar pela próxima semana. O impasse já suspendeu a divulgação de indicadores econômicos, como o payroll de setembro, previsto agora para sair na próxima sexta-feira (10).
Além disso, falas de dirigentes do Federal Reserve reforçaram cautela sobre o ritmo de cortes de juros nos EUA. O vice-chair Philip Jefferson destacou que o mercado de trabalho pode enfrentar estresse caso não receba suporte adicional da política monetária.
No Brasil, dados divulgados pelo IBGE mostraram que a produção industrial avançou 0,8% em agosto frente a julho, acima da expectativa de alta de 0,3% em pesquisa da Reuters. Foi o maior avanço desde março, quando o setor cresceu 1,7%.
Apesar da surpresa positiva, economistas do Itaú BBA ressaltaram que a indústria “continua perdendo fôlego no terceiro trimestre, e essa tendência deve persistir nos próximos meses”.
No campo político, investidores reagiram à possibilidade de Jair Bolsonaro apoiar Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa presidencial de 2026, tendo Michelle Bolsonaro como vice.
No front fiscal, o mercado segue atento à tramitação de medidas no Congresso, que podem impactar a trajetória de receitas e despesas do governo.