Mini-índice para outubro cai 0,63%, enquanto dólar futuro avança 0,12%

O mini-índice (WINV25), ou Ibovespa futuro, encerrou esta segunda-feira (8) em queda de 0,63%, aos 143.795 pontos, acompanhando a realização de lucros no mercado doméstico e a pressão negativa das ações de bancos e varejistas.
Mais cedo, analsitas do BTG Pactual haviam afirmado, em relatório, que para a continuidade do movimento comprador visto nas últimas semana no mini-índice será necessário o rompimento da máxima de sexta-feira, de 145.465 pontos. Isso confirmaria um pivô de alta com o próximo alvo em 146.870 pontos.
Já o dólar futuro para outubro avançou 0,12%, cotado a R$ 5,4515.
Mini-índice e dólar futuro são impactados por cautela
No cenário interno, os investidores acompanham com cautela a expectativa pelo reinício do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para amanhã.
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Mais do que a condenação em si, o receio é que o processo possa gerar novas retaliações comerciais dos Estados Unidos.
Na última rodada de tarifas, o presidente norte-americano Donald Trump impôs uma alíquota de 50% sobre produtos brasileiros, citando o julgamento de Bolsonaro como justificativa para a medida.
Já o Boletim Focus mostrou que a mediana das projeções para a inflação permaneceu em 4,85% em 2025, após 14 semanas de revisões para baixo, e caiu levemente de 4,31% para 4,30% em 2026. Para o produto interno bruto (PIB), o mercado reduziu a estimativa de 2,19% para 2,16% em 2025.
As taxas de Depósitos Interfinanceiros (DI) oscilaram pouco ao longo da sessão. No fim da tarde, o contrato para janeiro de 2027 marcava 13,925%, queda de 1 ponto-base frente ao ajuste anterior. O DI para janeiro de 2028 terminou em 13,235% (ante 13,241%), enquanto os vencimentos mais longos também cederam: janeiro de 2031 fechou a 13,48% e janeiro de 2033 recuou para 13,66%.
Treasuries caem e bolsas dos EUA sobem
No exterior, os rendimentos dos Treasuries prolongaram a queda observada desde sexta-feira (5), depois que os dados mais fracos do mercado de trabalho nos EUA reforçaram as apostas de cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) já na próxima reunião.
O recuo dos juros abriu espaço para uma nova alta dos índices, com Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subindo, respectivamente, 0,25%, 0,21% e 0,45%.
O dólar caiu mundialmente, seguindo o menor rendimento dos treasuries. O DXY, que mede a foraç da divisa frente a outras moedas de países desenvolvidos, recuou 0,28%. aos 97.466 pontos.
Apesar disso, como mencionado, houve uma alta do dólar futuro. A análise do BTG Pactual aponta que o ativo acumula quatro semanas entre a resistência em 5.510 e o suporte em 5.400.
O rompimento de uma dessas extremidades, segundo o banco, será necessário para definir com maior clareza a próxima tendência do dólar futuro. No momento, o preço opera abaixo das médias móveis, que atuam como resistências.
Para o mini-índice, os analistas destacam a formação de topos e fundos ascendentes, com todas as médias móveis inclinadas para cima, o que reforça o viés de alta.