Day Trade

Mini-índice sobe e dólar futuro cai com Lula e Trump no radar

23 set 2025, 18:47 - atualizado em 23 set 2025, 18:47
mini índice trade
Imagem: Adobe Stock

O mini-índice (WINV25), ou Ibovespa futuro, avançou 0,93% nesta terça-feira (23), fechando aos 147.600 pontos e renovando recordes.

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O contrato destoou da visão dos analistas técnicos do BTG Pactual, que enxergavam a possibilidade de uma leve correção por conta da aproximação das médias móveis de 21 e 50 períodos, e engatou uma nova alta.

No entanto, para o mini-índice, eles explicam que a resistência mais importante é a região dos 148.000, ainda não alcançada. Seu rompimento confirmaria um pivô de alta, projetando o próximo alvo em 150.230 pontos.

Já o dólar futuro para outubro recuou 1,04%, cotado a R$ 5,291, mantendo o viés de baixa, apontado pela a equipe do BTG. O teste da região dos 5.400 segue sendo fundamental para a continuidade da tendência de baixa. Os suportes mais próximos permanecem em 5.300 e 5.280.

Mini-índice em novas máximas

Segundo Marco Tulli Siqueira, superintendente da Necton/BTG Pactual, o mini-índice se beneficia de uma migração antecipada de recursos da renda fixa para a renda variável, refletindo as apostas em queda dos juros tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil.

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Além disso, novas notícias geopolíticas ajudaram a diminuir a sensação de risco.

Na Assembleia Geral da ONU, em Nova York, o presidente norte-americano Donald Trump relatou ter tido uma interação cordial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, afirmando que pretende marcar uma reunião.

“Nós nos vimos, eu o vi, ele me viu, e nos abraçamos. Ele pareceu um homem muito agradável. Ele gostou de mim e eu gostei dele. E eu só faço negócio com quem eu gosto”, disse Trump.

Para Willian Queiroz, sócio da Blue3 Investimentos, a sinalização de aproximação foi vista como positiva pelo mercado. “O sinal de sentar para uma reunião chamou a atenção dos investidores e abre espaço para possíveis negociações”, fala.

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Apesar do tom amistoso, Trump também voltou a criticar a política comercial brasileira:

“O Brasil tinha tarifas injustas contra os EUA. Agora estamos devolvendo isso com força para defender os cidadãos americanos. Sem a nossa ajuda eles vão fracassar como outros fracassaram.”

Copom e política monetária

Além da cena política, investidores acompanharam a divulgação da ata do Copom, que reforçou a necessidade de manter a Selic em nível significativamente contracionista por um período prolongado, garantindo a convergência da inflação à meta de 3%.

A sinalização ajudou a enfraquecer o dólar futuro frente ao real. No exterior, a queda da divisa norte-americana foi bem menor — com o DXY, que mede sua força frente a uma cesta de moedas de países desenvolvidos, recuando apenas 0,07%. 

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Em Nova York, os principais índices recuaram após recentes recordes. Já no câmbio, o dólar à vista caiu frente ao real, refletindo tanto o movimento global de desvalorização da moeda americana quanto a expectativa de aproximação diplomática entre Lula e Trump.

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vitor.azevedo@moneytimes.com.br