Mini-índice (WINV25) sobe forte, com “Trade Tarcísio”, e dólar futuro cai
O Ibovespa futuro (WINV25), ou mini-índice, encerrou o pregão desta quarta-feira (27) em forte alta. O contrato com vencimento em outubro de 2025 subiu 1,60%, chegando aos 143.635 pontos.
Já o dólar futuro com vencimento em setembro caiu 0,34%, a R$ 5,408.
No Brasil, a corrida presidencial dominou o noticiário. A pesquisa LatAm Pulse, da AtlasIntel/Bloomberg, mostrou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), à frente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em um eventual segundo turno em 2026, com 48,4% contra 46,6%.
O resultado foi bem recebido pelo mercado, que vê em Tarcísio um candidato alinhado a uma política econômica mais liberal. “Se o clima eleitoral continuar favorável e os indicadores externos seguirem estáveis, a tendência para o Ibovespa é positiva”, disse Gabriel Filassi, sócio da AVG Capital. Já Gabriel Mollo, analista da Daycoval, avaliou que toda vez que Tarcísio liderar as pesquisas, a bolsa deve responder com alta.
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Os agentes também acompanharam a expectativa pela entrega do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, que será enviado ao Congresso nesta sexta (29). Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, o texto terá receitas suficientes para cumprir a meta fiscal e já inclui despesas com programas sociais como Pé-de-Meia e Auxílio Gás.
Exterior e mini-índice
No exterior, Wall Street também renovou máximas: o S&P 500 superou pela primeira vez os 6.500 pontos, apoiado por dados econômicos e resultados corporativos. O PIB dos EUA cresceu 3,3% no segundo trimestre (2T25), acima da projeção de 3%.
Apesar da economia aquecida, o mercado manteve em 87,2% a probabilidade de o Federal Reserve cortar os juros em 0,25 ponto percentual em setembro. As taxas seguem entre 4,25% e 4,50% ao ano.
Entre as empresas, a Nvidia (NVDA) teve um dia volátil, caindo ao fim da sessão, em meio a incertezas sobre o comércio com a China, apesar de números acima das estimativas. No campo político, persistiu o embate entre o presidente Donald Trump e a diretora do Fed, Lisa Cook, com nova audiência marcada para esta sexta-feira (29).
O movimento do dólar futuro acompanhou a tendência vista no exterior. Por volta de 17h (horário de Brasília), o DXY, indicador que compara o dólar a uma cesta de seis divisas globais, como euro e libra, caía 0,36%, aos 97.868 pontos.
