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Moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) podem destronar o dólar, afirma JPMorgan

22 maio 2020, 15:59 - atualizado em 25 jun 2020, 23:48
Dólar 2
“Teimosia” em aderir às novas tecnologias fará com que EUA perca a dominância de sua moeda quando os demais bancos centrais emitirem suas próprias moedas digitais (Imagem: Unsplash/@jpvalery)

Os EUA serão os grandes perdedores se moedas digitais emitidas por bancos centrais (CBDCs) forem lançadas, segundo novo relatório do JPMorgan divulgado pela Bloomberg.

Inúmeros bancos centrais, principalmente o da China, estão em busca de usarem sistemas de CBDCs. Se essas moedas ganharem força, podem destronar o poder geopolítico dos EUA, de acordo com os analistas Josh Younger e Michael Feroli do JPMorgan.

É improvável que o dólar perca seu posto como a moeda mundial a qualquer momento, afirmaram ele. Porém, outros aspectos da dominância do dólar — incluindo comércio global em acordos e o sistema de mensagens SWIFT — são “mais frágeis”, argumentam os especialistas.

“Não existe um país que vai perder mais com uma possível moeda digital do que os Estados Unidos […]. Isso gira em torno da hegemonia do dólar americano. A emissão de moedas de reserva global e o meio de troca para comércio internacional, como commodities, bens e serviços, apresenta enormes vantagens.”

De acordo com o relatório, se essas vantagens forem perdidas, os EUA terão muito trabalho em aplicar sanções econômicas e políticas de financiamento ao terrorismo.

Atualmente, os EUA não têm planos de emitir uma CBDC, mas analistas sugerem que uma “solução de pagamentos internacionais criadas sobre um dólar digital” possa ser “um investimento muito modesto de proteger um meio fundamental e o poder na economia global”.

Eles concluem: “para países ricos e os EUA, em particular, uma moeda digital seria um exercício de gerenciamento de risco geopolítico”.

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