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Moelis aprova mudança de banqueiros para onde quiserem morar

13 dez 2020, 16:02 - atualizado em 11 dez 2020, 12:02
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Embora Nova York continuará como sede do banco de investimento, um lugar para colaborar, cultivar camaradagem e desenvolver novos recrutas, o Moelis pretende avaliar a abertura ou expansão de escritórios à medida que a equipe for transferida (Imagem: Pixabay)

No começo, era apenas um. Em seguida, outro e outro, até que cerca de 20 banqueiros disseram a Ken Moelis que queriam fazer as malas e se mudar para a Flórida. Ele respondeu: OK.

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“Somos um negócio de talentos”, disse Moelis, presidente do conselho e CEO do Moelis & Co., em entrevista ao programa “Front Row” da Bloomberg. “Quero atrair, quero motivar e quero reter os maiores talentos do mundo. E, se esse talento quiser fazer isso na Flórida, é onde vamos apoiá-lo.”

Embora Nova York continuará como sede do banco de investimento, um lugar para colaborar, cultivar camaradagem e desenvolver novos recrutas, o Moelis pretende avaliar a abertura ou expansão de escritórios à medida que a equipe for transferida.

Ele espera que os funcionários se mudem para cidades onde os impostos são mais baixos, o clima é mais quente e com políticas dos governos favoráveis às empresas.

Essa é a nova realidade de Wall Street. Uma das primeiras lições da pandemia, como o diretor-presidente do Morgan Stanley, James Gorman, observou em abril, é que os bancos precisarão de “muito menos imóveis” graças ao surpreendente sucesso dos regimes de trabalho remoto.

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Mas, de maneira geral, a suposição era de que os executivos retornariam aos centros tradicionais de finanças assim que as vacinas estivessem amplamente disponíveis. Agora, isso não está claro.

Moelis não será o último chefe de bancos de investimento a dar sinal verde ao êxodo. Atrair e reter talentos em uma indústria tão competitiva sempre significou pagar caro e regalias correspondentes, como passagens aéreas de primeira classe e hotéis cinco estrelas. Onde vão morar pode se tornar um fator decisivo.

Forças descentralizadoras estão em ação em Wall Street. Os maiores bancos já transferiam funções administrativas para locais mais baratos muito antes da pandemia, e gestores de hedge funds se mudavam para Miami. Mais recentemente, como a Bloomberg informou nesta semana, o Goldman Sachs começou a procurar escritórios no sul da Flórida antes de uma possível realocação de parte de sua unidade de gestão de ativos.

O Moelis & Co. não decidiu se ou onde poderia aumentar espaço para acomodar os banqueiros. Depende de para onde vão, e muitos acabarão trabalhando em casa.

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“Na verdade, vou facilitar onde as pessoas quiserem”, disse Moelis. “O Nordeste gosta da Flórida, a Califórnia escolheu o Texas.”

Moelis iniciou a carreira em 1981 trabalhando para Michael Milken na Drexel Burnham Lambert e ocupou postos no alto escalão na Donaldson, Lufkin & Jenrette e UBS antes de fundar o Moelis & Co., em 2007. Para alguém imerso nas tradições de Wall Street, a Covid -19 “realmente mudou tudo”, disse.

Em março, enquanto o vírus se espalhava e as bolsas despencavam, ele se lembra de caminhar no quintal de um lado para outro enquanto planejava o plano de contingência ao telefone com seu comitê executivo. A empresa imediatamente cortou os dividendos pela metade para preservar caixa e se preparou para o pior.

Mas, com a estabilização da economia, os acordos de fusões e aquisições foram retomados. A maior revelação para Moelis foi a produtividade de seus 128 diretores-gerentes trabalhando via Zoom em vez de viajar para encontrar clientes. O Moelis & Co. ganhou US$ 72 bilhões com fusões e aquisições anunciadas desde 30 de junho, uma quantia mais de cinco vezes superior do que o volume nos primeiros seis meses do ano.

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“Todos nós acordamos e dissemos: ‘Uau, você quer dizer que poderíamos ter feito isso sem voar 20 horas e redigir um documento em uma sala juntos?’”, disse em entrevista de sua casa em Beverly Hills. “Este é um momento revelador.”

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