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Natura (NTCO3): Investidores não devem voltar a comprar papel no curto prazo por cenário econômico, diz Santander

24 jan 2022, 20:24 - atualizado em 25 jan 2022, 14:08
Natura
Economia será um problema para Natura, afirmam analistas do Santander

A Natura (NTCO3) foi uma das empresas que melhor se adaptaram à pandemia, com rápida transformação no canal digital.

No entanto, com a diminuição da Covid, as ações perderam tração e caíram mais de 50% em relação à sua máxima de julho. 

Além disso, o cenário macro pesou e continuará pesando, afirma o Santander em relatório enviado a clientes. O banco introduziu novo preço-alvo de R$ 32 para ação em 2022, antes em R$ 55. 

“Ao nosso ver, essa queda não ocorreu em decorrência de erros estratégicos da sua equipe de gestão, já que a mesma está relacionada com a rápida deterioração dos fundamentos macroeconômicos brasileiros e das expectativas irrealistas do mercado alimentadas pela pandemia”, diz.

Pelos cálculos do Santander, o momento de curto prazo da Natura, com um preço sobre lucro de 33 vezes para 2023, 40% acima da média histórica, é insustentável.

No ano, as ações da Natura acumulam queda de 10,5%.

Cenário desafiador

O Santander acredita que a empresa conseguirá cumprir a sua meta de projeções (guidance), mesmo considerando o cenário turbulento.

No entanto, investidores preocupados com a situação econômica não voltarão a comprar o pepal no curto prazo, prevê.

“As projeções de curto prazo para a Natura continuam sendo um desafio, com indicadores financeiros que provavelmente não demostrarão melhorias até o segundo semestre, ao nosso ver”, diz.

O Santander prevê crescimento das receitas líquidas de 9% para 2022 e Ebitda abaixo de 11%. 

Projeções para 2024 seguem em pé

Na visão dos analistas, a alavancagem operacional irá aumentar com o crescimento acelerado da Natura/Avon, Aesop e TBS na América Latina (desconsiderando o Brasil), impulsionando o mercado internacional enquanto o doméstico passa por dificuldades.

“Considerando a taxa de execução normalizada das margens em aprox. 10% atualmente, o crescente incremento de cerca de 500 bps na sua margem Ebitda que visa alcançar o guidance da empresa deve ser obtido 50% por meio da alavancagem operacional e 50% por sinergias, ao nosso ver”, diz.

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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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