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Moody’s corta rating da Azul e coloca o da Gol em revisão para redução

17 mar 2020, 22:43 - atualizado em 17 mar 2020, 22:43
No caso da Gol, a Moody’s por ora apenas colocou o rating B1 em revisão para possível corte (Imagem: Divulgação/GOL Linhas Aéreas)

A agência de classificação de risco Moody’s anunciou nesta terça-feira um corte na nota de crédito atribuída à Azul (AZUL4) e colocou o da Gol  (GOLL4)em revisão para redução, ilustrando o forte impacto provocado nas companhias aéreas como efeito da pandemia de coronavírus.

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“A medida foi motivada pelo declínio acentuado no tráfego de passageiros desde o início do surto de coronavírus em janeiro de 2020, o que resultará em um fluxo de caixa livre negativo significativo em 2020, um perfil de liquidez enfraquecido e uma alavancagem significativamente maior”, afirmou a Moody’s, ao explicar o corte da nota da Azul em um degrau, de Ba3 para B1.

No entanto, a Moody’s colocou o rating da companhia em revisão para nova redução.

No caso da Gol, a Moody’s por ora apenas colocou o rating B1 em revisão para possível corte.

Em ambos os casos, a Moody’s afirmou que o perfil e as métricas financeiras em um ambiente pós-crise estão sujeitos a alta incerteza, mas esperar que elas possam ganhar participação e recuperar suas métricas financeiras ao longo do tempo, dependendo da gravidade da crise.

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Na escala da Moody’s, o rating B1 fica três degraus acima do nível considerado especulativo.

A decisão da agência vem um dia após a Azul ter anunciado redução de 20% a 25% da capacidade em março e de 35% a 50% a partir de abril, enquanto a Gol anunciou um corte de até 70% da capacidade até junho e suspendeu voos internacionais a partir da próxima semana.

Em meio à crise deflagrada mundialmente no setor, com queda abrupta da demanda, além do efeito doméstico da escalada do dólar frente ao real, a ação da Gol já caiu 79% neste ano, enquanto a da Azul desabou 74% no período.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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