Mercados

Morgan Stanley ainda vê risco de recessão menor que 50%

23 jun 2022, 20:24 - atualizado em 23 jun 2022, 20:24
Morgan Stanley
Os principais estrategistas do Société Générale e do Goldman Sachs (GS) também alertaram recentemente para mais quedas à frente  (Imagem: Reuters/Lucas Jackson)

Mike Wilson do Morgan Stanley, um pessimista do mercado de ações que previu a liquidação deste ano, ainda não está pronto para se juntar ao crescente coro de vozes proeminentes de Wall Street que dizem que uma recessão nos EUA é inevitável.

“Não é o nosso cenário base, é o nosso cenário pessimista”, disse o estrategista-chefe de renda variável do banco de investimentos à Bloomberg Television. “Ainda não chegamos lá.”

No início desta semana, participantes do Fórum Econômico do Qatar, desde o CEO da Tesla Elon Musk ao economista Nouriel Roubini, alertaram que a maior economia do mundo caminha para uma recessão.

E Jamie Dimon, chefe do JPMorgan, disse aos investidores no início de junho para se prepararem para um “furacão” econômico em meio a uma combinação sem precedentes de desafios.

“Sem dúvida, o cenário negativo aumentou em probabilidade”, disse Wilson na quinta-feira, referindo-se às chances de uma recessão. “Provavelmente é algo como 50% para o cenário base, 35% para o cenário pessimista e 15% para o cenário de alta.”

Wilson disse recentemente que a queda das ações americanas as deixou com preços mais justos, mas que o S&P 500 precisaria cair para cerca de 3.000 pontos para refletir plenamente o efeito de uma contração econômica, caso ocorra.

Isso implicaria uma queda de cerca de 20% em relação ao fechamento de quarta-feira de 3.759,89.

Embora uma queda dessa magnitude suponha uma “recessão leve”, algumas condições financeiras continuam a sustentar a economia, segundo o estrategista.

“O sistema bancário está muito seguro”, disse ele. “Há muito capital, mesmo em empresas. O balanço do consumidor está em boa forma.”

Os principais estrategistas do Société Générale e do Goldman Sachs (GS) também alertaram recentemente para mais quedas à frente, já que as ações ainda não precificaram o risco de uma contração econômica.

“Queremos investir na queda de preços”, disse Wilson. “Mas achamos prematuro se o risco de recessão ainda estiver aumentando.”

Para investir, as empresas têm que ser rentáveis, disse. “A era de pagar pelo crescimento sem lucro, essa é uma tendência que não vai voltar.”

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