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Motiva (MOTV3) e Governo de SP anunciam investimento de R$ 3,9 bilhões na linha 4 do Metrô

29 set 2025, 9:55 - atualizado em 29 set 2025, 9:55
motiva linha 4 metrô
(Imagem: Site Motiva)

A Motiva (MOTV3) o Governo do Estado de São Paulo realizarão investimento de cerca de R$ 3,9 bilhões na expansão da Linha 4-Amarela do Metrô, mostra fato relevante enviado ao mercado nesta segunda-feira (29). O Estado entrará com um aporte de R$ 2,98 bilhões, sendo que o financiamento está em negociação com o Banco Mundial.

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O investimento contempla uma expansão de cerca de 3,3 quilômetros, com a adição de duas novas estações à linha: Chácara do Jockey e Taboão da Serra. Estão inclusos ainda seis novos trens e uma subestação de energia.

Na última semana, a Motiva já havia anunciado que obteve da agência reguladora de transportes do Estado (Artesp) renovação antecipada do contrato da ViaQuatro, subsidiária que opera a Linha 4 por conta do reequilíbrio do contrato de concessão e inclusão de investimentos para ampliação da linha.

O contrato entre as partes reconhece o desequilíbrio econômico-financeiro causado pela expansão da linha e frustração de receita tarifária decorrente do atraso na conclusão da Fase II da concessão, no valor de R$ 531,7 milhões.

Dessa maneira, o reequilíbrio ocorre por meio da prorrogação antecipada do contrato de concessão da ViaQuatro por 20 anos, a partir de junho de 2040, além do acréscimo de R$ 0,4230 na tarifa que recebe por passageiro transportado, já válida desde o início de setembro e vigente até o término da concessão.

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A ViaQuatro também terá o reequilíbrio pela receita tarifária da demanda adicional de passageiros gerada pela extensão da linha.

A Motiva destaca que o contrato celebrado com o Governo de São Paulo está completamente em linha com o atual plano estratégico da companhia.

Motiva avança em agenda estratégica

Motiva apresentou avanços importantes em sua agenda estratégica durante seu Investor Day realizado nesta semana, segundo o BTG Pactual.

Os analistas do banco destacam que a companhia de mobilidade e infraestrutura — antiga CCR — reforçou metas de eficiência e apresentou uma revisão de portfólio prezando maior disciplina na alocação de capital.

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Uma das grandes ambições da empresa é reduzir o peso das despesas operacionais sobre a receita. Em outras palavras, a Motiva quer gastar proporcionalmente menos com custos do dia a dia — como manutenção, pessoal e serviços — para cada real faturado.

Hoje, essas despesas representam cerca de 41% da receita, e a meta é reduzir esse número para 28% até 2035. Quanto menor essa fatia, maior a eficiência e o potencial de rentabilidade da companhia.

O movimento será sustentado por simplificação de portfólio, com a saída integral do segmento de aeroportos e desinvestimento parcial em mobilidade urbana, além de ganhos com tecnologia, automação e escala.

O BTG manteve recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 17,00, o que representa um potencial de valorização de cerca de 15% em relação à cotação atual.

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Segundo o banco, a Motiva demonstra uma agenda mais coerente e disciplinada, com execução sólida de investimentos e avanços relevantes em eficiência.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.
lorena.matos@moneytimes.com.br
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas, com foco em varejo e setor aéreo.