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Moura Dubeux: analistas projetam alta de até 85% nas ações

14 abr 2021, 16:32 - atualizado em 15 abr 2021, 1:33
Moura Dubeux
O Bradesco BBI iniciou a cobertura das ações da construtora com recomendação outperform, ou seja, elevação acima da média do mercado (Imagem: Youtube/Moura Dubeux)

Analistas estão otimistas com os papéis da Moura Dubeux (MDNE3), empresa que realizou seu IPO (Oferta Pública de Ações) no ano passado e atua na região Nordeste do país.

O Bradesco BBI iniciou a cobertura das ações da construtora com recomendação outperform, ou seja, elevação acima da média do mercado, e preço-alvo de R$ 16, o que implica potencial de valorização de 85%.

De acordo com a dupla Bruno Mendonça e Pedro Lobato, que assinam o documento, a prévia operacional do primeiro trimestre pode ser um catalisador para elevar ainda mais o desconto, uma vez que a operação positiva no segundo semestre de 2020 deve começar a se refletir nos resultados.

“Também vemos menores riscos de execução, já que a Moura Dubeux é líder de mercado na Região Nordeste (segundo maior mercado imobiliário do país), onde esperamos uma competição menor em comparação com a cidade de São Paulo”, apontam.

Ao todo, a região responde por 28% da população do Brasil (57 milhões de pessoas) e 14% do PIB de 2019.

“A Moura Deubeux tem uma participação de mercado líder na maioria das capitais da região, liderando em Recife, Fortaleza e Natal, e um dos líderes em Salvador, onde a competição é formada por pequenas empresas locais, ampliando a escala da empresa como diferencial competitivo”, argumentam.

Já o BB Investimentos, que também iniciou a cobertura das ações da empresa, destaca a experiência de mercado da Moura e afirma que a companhia tem uma atuação diversificada.

“A Moura Dubeux é prestadora de serviços de construção para empreendimentos imobiliários de terceiros (condomínios), modelo que navegou muito bem durante a crise, pois não está sujeito aos mesmos riscos de incorporação tradicional”, diz.

Além disso, a corretora lembra que o banco de terrenos na companhia está atualmente em R$ 3,5 bilhões de VGV (valor geral de vendas) bruto potencial.

“Mesmo com impactos da pandemia, a atual posição de caixa da companhia, resultante da amortização das dívidas com os recursos obtidos em seu IPO, ainda se mantém confortável”, afirma a analista Kamila Oliveira, que assina o relatório.

Apesar disso, o BB cita alguns riscos para o investidor ficar de olho, como mudanças no cenário macroeconômico, aumento da concorrência na região Nordeste e escassez ou maiores custos de insumos.

A corretora também tem recomendação de compra, com preço-alvo de R$ 14,50, o que implica potencial de cerca de 60%.

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