Movida (MOVI3): Mesmo com alta de mais de 140% no acumulado do ano, Itaú BBA ainda vê espaço para valorização das ações

Mesmo com alta de mais de 140% no acumulado do ano, as ações da Movida (MOVI3) ainda têm espaço para valorização, na visão do Itaú BBA.
“Acreditamos que, embora os desafios ainda existam, a história de capital da Movida oferece uma combinação de fatores que se mostra promissora em um ambiente de taxas de juros no pico e sentimento de risco”, afirmou a equipe de analistas liderada por Daniel Gasparete, em relatório.
O Itaú BBA tem recomendação de compra para MOVI3. O banco elevou o preço-alvo de R$ 8 para R$ 11 no final de 2025 — o que representa um potencial de valorização de 32,8% sobre o preço de fechamento da última quarta-feira (18).
Por que comprar Movida agora?
Para os analistas do Itaú BBA, uma combinação de fatores positivos pode impulsionar ainda mais as ações da Movida até o final do ano, dado o cenário macroeconômico de juros elevados por mais tempo.
Um desses motivos é que a Movida estava fora do radar da maioria dos investidores. “O consenso ainda está se formando e o interesse de venda a descoberto ainda é alto em 15% do free float”, escreveram os analistas.
Além disso, eles também consideram que o valuation da companhia está descontado. Considerando o múltiplo da relação entre preço e lucro (P/L), a Movida é negociada a 6,5 vezes P/L projetado para 2026. A Localiza (RENT3), que é a referência (top pick) do setor, está sendo negociada a 10,5 vezes P/L projetado para o ano que vem.
“Embora acreditemos que a avaliação da Localiza possa servir como um teto para a ação, atualmente, vemos risco de alta para as estimativas de 2026 da MOVI3 e mais espaço para a normalização dos lucros, justificando, assim, nossa visão ainda otimista sobre a ação”, diz o relatório.
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O que esperar de Movida
A atualização das estimativas da Movida após os resultados do primeiro trimestre também contribuíram para a visão otimista para as ações. O Itaú BBA revisou para cima as projeções de receita líquida para a companhia e Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização).
Nas contas do banco, a Movida deve registrar uma receita líquida de R$ 14,4 bilhões em 2025. Já o Ebitda deve totalizar R$ 5,6 bilhões neste ano.
Em relação à depreciação, os analistas estimam um valor consolidado de R$ 2,3 bilhões em 2025 e um crescimento para R$ 2,4 bilhões em 2026, com a manutenção das margens de seminovos em 1%.
Para o lucro líquido, a projeção do banco é de R$ 203 milhões neste ano, com destaque para o segundo trimestre (2T25) — que deve registrar o valor mais baixo do ano devido à sazonalidade e às taxas de juros mais altas. Para 2026, o lucro líquido deve atingir R$ 445 milhões, impulsionados principalmente pelo aumento dos resultados operacionais.
O banco ainda estima uma redução na alavancagem para 2,9 vezes a dívida líquida/Ebitda até o final do próximo ano. A locadora de automóveis encerrou o primeiro trimestre deste ano (1T25) com a relação de 3,1x a dívida líquida/Ebitda.