Movida (MOVI3): O impacto da aquisição de uma empresa estrangeira, segundo analistas

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A aquisição da portuguesa Drive on Holidays, anunciada pela Movida (MOVI3) na quarta-feira (21), é vista como positiva por analistas do mercado – embora as ações caíssem cerca de 1,37% no primeiro pregão após o anúncio da operação. 

Corretoras destacam que a entrada de empresa no mercado internacional expande a frotas de locadoras de automóveis do país, onde a maior empresa possui 10% de participação de mercado.

A Ativa Investimentos lembrou que o setor é “bastante fragmentado” no país. Na visão dos analistas da corretora, o valor pago pega companhia, de € 66 milhões (4x o Ebitda), é um ponto positivo, “já que apenas a frota é avaliada em € 60 milhões”.

A Drive on Holidays atua no setor de locação de veículos há 11 anos, possui quatro lojas adjacentes aos principais aeroportos de Portugal e frota de aproximadamente 3,3 mil veículos, em agosto de 2022 (99% próprios e 1% sob contratos de buy-back), com frota média de 2,7 mil veículos.

A Ativa disse acreditar que a Movida têm muito o que agregar à companhia, “que conta apenas com o aluguel de carros para turismo, podendo se desenvolver ainda na gestão e terceirização de frotas (GTF) no segmento de carros por assinatura”.

O BTG Pactual destacou que “em muitos aspectos” a operação é a mais ousada expansão internacional de qualquer locadora de carros brasileira.

“Portugal é um destino comum para os viajantes brasileiros”, lembrou em relatório assinado por Lucas Marquiori e Fernanda Recchia. “A Movida pode usar o poder de sua marca para captar turistas de alta renda na região”.

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A Ajax definiu como “atrativo” o valuation de 3,9x o EV/Ebitda contra 4,5x EV/Ebitda da Movida em 2022.

A corretora citou o baixo reflexo na alavancagem financeira, em um aumento de 0,1x (considerando 2T22), e a exposição de receita em euro, uma moeda forte.

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