Destaques da Bolsa

Melhor que o esperado: Movida (MOVI3) reverte prejuízo em lucro milionário e ações disparam 16% na B3

07 ago 2024, 12:52 - atualizado em 07 ago 2024, 17:36
carros, Movida
(Imagem: Divulgação/Movida)

Em um dia cheio de balanços e teleconferências de resultados, Movida (MOVI3) é um dos grandes destaques da bolsa brasileira. 

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As ações da companhia de locação e venda de veículos fecharam o pregão como a terceira maior alta da B3, depois de avançar quase de 17%, na máxima intradia. MOVI3 encerrou a terça-feira (7) com avanço de 16,83, a R$ 7,36. Os papéis também operaram entre os mais negociados no mercado brasileiro. 



O movimento de alta é uma reação aos números do segundo trimestre, que vieram acima do esperado pelo mercado. 

A companhia reverteu o prejuízo líquido de R$ 17,9 milhões do ano anterior e reportou lucro líquido de R$ 42,5 milhões entre abril e junho de 2024. 

Já o lucro antes dos juros, impostos, amortização e depreciação (Ebitda) consolidado somou R$ 1,149 bilhão no período — um crescimento de 29,2% na comparação com o segundo trimestre do ano passado. 

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A média de depreciação no segmento de locação (RAC) foi de 6,4 mil por carro ao ano, com uma depreciação dos novos carros entre 8,0% e 9,0% ao ano. 

A companhia afirma que o resultado reflete o preço médio de aquisição da frota e R$ 75,7 mil por carro implantado frente a R$ 81,4 mil por carro desmobilizado — que são veículos com alta quilometragem —, sendo a combinação de um tíquete médio mais baixo e melhores condições comerciais com as montadoras.

No segmento de Gestão e Terceirização de Frotas (GTF), a depreciação anualizada por carro operacional foi de R$ 8,9 mil, com o reflexo da renovação da frota com a venda de carros de cerca de 3 anos de idade. 

Balanço positivo 

Na visão do Itaú BBBA, o destaque do trimestre foram as sólidas iniciativas de precificação implementadas pela empresa, que levaram a um crescimento mais rápido da receita, melhor diluição de custos fixos e não provocaram maior redução nas diárias.

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Na mesma linha, a XP afirma que a performance positiva de Movida foi baseada no ‘sucesso’ do aumento das tarifas de aluguel de curto prazo — de 13% na base anual — e de aluguel mensal — de 8% na comparação com o mesmo período do ano passado. 

Por outro lado, os analistas afirmam que um elevado número de carros vendidos no segundo trimestre, cerca de 49% a mais que o segundo trimestre de 2023, contribuiu para a alavancagem operacional com os esforços de renovação de frota.

Já o BTG Pactual destaca que o endividamento da companhia permaneceu estável no trimestre, com um múltiplo de 3,2x a dívida líquida/Ebitda, mesmo com a redução significativa na conta de fornecedores. 

Para o Citi, a empresa de locação de veículos mantém a tendência de melhora operacional.

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“Com as tendências de depreciação parecendo mais estáveis, as melhorias operacionais até agora foram os principais impulsionadores do crescimento do retorno sobre o capital investido (ROIC) de 8% para 11,7%”, escrevem os analistas Filipe Nielsen, Jay Singh e Stephen Trent, que assinam o relatório.

Eles ainda afirmam que, apesar da alavancagem ainda elevada, a Movida tem avançado em suas iniciativas de gestão de passivos, beneficiando-se da queda nas taxas de juros e do refinanciamento de sua dívida.

Tanto o Citi quando a XP destacaram que a empresa descontinuou parcialmente os seus guidances após superar algumas das principais métricas neste trimestre. Entre elas, a Movida superou a meta 34 de carros seminovos vendidos por loja mensalmente — a companhia fez 41 vendas.

A meta de atingir de 60% de participação do segmento de aluguel de frotas no capital total investido também foi superada — com 61% atualmente. 

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O guidance do rent-a-car (RaC) de um yield (rendimento) de 4,2% até o final de 2024 foi mantida, já que está atualmente em 4,0%.

 É hora de comprar Movida? 

Para o BTG Pactual, as ações da Movida ainda estão baratas, o que mantém a recomendação de compra para os papéis — apesar de considerar que o aumento da alavancagem e a falta de visibilidade no mercado de automóveis usados são os principais obstáculos para a companhia.

O preço-alvo do banco para os papéis da companhia é de R$ 12 — o que representa um potencial de valorização de 90,5% em relação ao preço de fechamento da última terça-feira (6). 

O Bradesco BBI também avalia que as ações da Movida podem subir ainda mais, “agora que a empresa conseguiu mostrar execução na frente operacional”. O banco tem recomendação outperform (equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 11 — um potencial de valorização de 75% em relação ao preço de fechamento da véspera. 

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Já o Itaú BBA manteve a recomendação outperform para MOVI3, com preço-alvo menor que os demais bancos, de R$ 8,00 — o que ainda prevê um potencial de valorização de 24,4%. 

Por fim, os analistas do BTG consideram que os investidores devem ficar atentos a, pelo menos, quatro fatores. São eles: 

  • a gestão de passivos, que pode levar à diminuição do risco de crédito;
  • normalização do mercado automobilístico, especialmente na precificação de usados;
  • alterações nas taxas de juro, dados os negócios intensivos em capital da empresa; 
  • ganhos e qualidade do retorno sobre o capital (ROIC) daqui para frente. 

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Repórter
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
liliane.santos@moneytimes.com.br
Jornalista formada pela PUC-SP, com especialização em Finanças e Economia pela FGV. É repórter do MoneyTimes e já passou pela redação do Seu Dinheiro e setor de análise politica da XP Investimentos.
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