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Movida pode crescer sozinha, mas empurrão da Localiza e da Unidas seria bem-vindo

15 out 2020, 16:01 - atualizado em 15 out 2020, 18:15
Movida MOVI3
Autonomia: Movida prioriza crescimento orgânico, segundo o BTG Pactual (Imagem: LinkedIn/ Movida)

Torcer pelo sucesso dos rivais não é comum no mundo dos negócios, mas é isso que a Movida (MOVI3) tem feito, desde que a Localiza (RENT3) e a Unidas (LCAM3) comunicaram a intenção de se juntarem. O motivo, claro, é que a empresa também pode ganhar com a fusão das duas.

Em teleconferência com analistas do BTG Pactual (BPAC11), a diretoria da Movida afirmou que sua estratégia é focar no crescimento orgânico e, portanto, não conta com a aquisição de negócios que a Localiza e a Unidas teriam de vender, para que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovasse a junção, já que deterão 66% do mercado brasileiro de locação de automóveis.

Mas, mesmo que a Movida não compre nada que seja deixado para trás pela nova companhia, ainda seria beneficiada por dois fatores, segundo o BTG Pactual. Primeiro, “os mercados consolidados com players racionais têm historicamente um bom desempenho”.

O banco observa que, após a fusão da Localiza com a Unidas, a racionalização viria do ajuste da oferta, principalmente em aeroportos.

Contrapeso

O segundo benefício é que os clientes corporativos continuariam precisando de uma empresa forte, que ocupasse a vice-liderança do mercado e fosse capaz de conter qualquer ímpeto da líder para aumentar preços.

A conversa da Movida deixou uma impressão bastante positiva no BTG Pactual, a ponto de o banco elevar seu preço-alvo de R$ 18 para R$ 25, com recomendação de compra.

“Vemos a história de crescimento de longo prazo da Movida muito intacta, combinando a expansão da frota e a melhoria da execução, fechando o gap para seus principais pares”, escreveram os autores do relatório do BTG, Lucas Marquiori, Fernanda Recchia e Ricardo Cavalieri.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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