Saúde

MPF abre inquérito sobre suspeita de propina em negociação da Saúde para compra de vacina da Covid

23 jul 2021, 17:09 - atualizado em 23 jul 2021, 17:09
Coronavirus
A abertura de inquérito pela Procuradoria da República no DF para investigar o suposto pedido de propina (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic)

O Ministério Público Federal do Distrito Federal abriu um inquérito civil para apurar suspeita de pedido de propina por parte do então diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias para a aquisição de vacinas contra a Covid-19, informou o órgão nesta sexta-feira.

Em portaria publicada nesta sexta no Diário Oficial, a procuradora da República Melina Castro Montoya Flores cita que há diligências a serem tomadas para se formar uma convicção do caso e determinou a conversão da apuração preliminar em um inquérito civil.

“A conversão da presente notícia de fato em inquérito civil, tendo como objeto apurar possíveis atos de improbidade administrativa praticados pelo então diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, e outros agentes públicos e privados, em razão de suposta solicitação de vantagem econômica indevida de 1 dólar por dose de vacina, em negociação para aquisição de vacinas contra a Covid-19, travada com Luiz Paulo Dominguetti Pereira, suposto representante da empresa Davati Medical Supply”, disse o documento.

Em nota, a defesa de Roberto Dias afirmou que a decisão permitirá esclarecer o caso.

“A abertura de inquérito pela Procuradoria da República no DF para investigar o suposto pedido de propina, foi recebido como uma oportunidade ímpar para esclarecer os fatos, oportunizando a manifestação de todos envolvidos para desmascarar a mentira criada por Luís Dominguetti”, disse.

O caso envolvendo o suposto pedido de propina por Roberto Dias foi revelado em reportagem do jornal Folha de S.Paulo, o que levou o dirigente a deixar o Ministério da Saúde.

Dias posteriormente depôs na CPI da Covid do Senado, negando as acusações. Ele chegou a ser alvo de um pedido de prisão determinado pelo presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), por considerar que ele cometeu crime de falso testemunho. Posteriormente teve a prisão relaxada após pagar fiança.

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