Delação da JBS

MPF e Grupo J&F divergem sobre valor de multa para acordo de leniência

19 maio 2017, 20:38 - atualizado em 05 nov 2017, 14:03

Ivan Richard Esposito – Repórter da Agência Brasil

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O Ministério Público Federal (MPF) propôs o pagamento de multa de R$ 11,169 bilhões para assinatura de acordo de leniência com Grupo J&F, holding controladora da empresa JBS e dona das marcas Friboi e Seara, e que tem como principais sócios os irmãos Joesley e Wesley Batista. Segundo o MPF, o montante equivalente a 5,8% do faturamento obtido pelo grupo econômico em 2016 e deverá ser pago em 10 anos.

Os negociadores do grupo J&F têm prazo até as 23:59:59 desta sexta-feira (19) para dizer se aceitam os termos apresentados pelo MPF. Caso não haja manifestação, a proposta perderá a validade.

Em nota, o MPF informou que o acordo de leniência não foi fechado até o momento porque o grupo econômico divergiu do valor da multa e sugeriu o pagamento de R$ 1 bilhão, que equivale a 0,51% do faturamento registrado no período no mesmo período. A Lei Anticorrupção, em vigor desde 2013, prevê que a multa em acordos de leniência deve ter parâmetro percentual que varia entre 0,1% e 20% do faturamento.

Desde fevereiro, procuradores da República e representantes do grupo econômico negociam o acordo de leniência, que é a delação premiada das empresas. Essas negociações ocorrem paralelamente às negociações para a acordo de colaboração premiada de executivos do grupo e dos irmãos Joesley e Wesley Batista, que já foi homologado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em nota, o MPF afirmou que nos últimos dois dias as negociações em torno da assinatura do acordo de leniência “se intensificaram”. Na última quarta-feira (17), foram divulgadas as primeiras informações relativas à delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista.

Entre os citados estão o presidente Michel Temer e os senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Zezé Perrela (PMDB-MG), além de pessoas ligadas a eles. Entre outras acusações, os empresários afirmam que o presidente Michel Temer teria dado aval para o pagamento de mesada para comprar o silêncio do ex-presidente da Câmara, o deputado cassado Eduardo Cunha, preso e condenado na Operação Lava Jato. Temer nega as acusações.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

WhatsAppTwitterLinkedinFacebookTelegram
Por dentro dos mercados

Receba gratuitamente as newsletters do Money Times

OBS: Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies.

Fechar