Comprar ou vender?

MRV continua sólida, mas geração de caixa fraca desagrada

16 jul 2021, 13:34 - atualizado em 16 jul 2021, 13:34
MRV
Para a XP, a MRV reportou sólidos resultados, impulsionados pelo desempenho positivo da AHS e pela resiliência do segmento de baixa renda no Brasil (Imagem: MRV/Divulgação)

Os números do segundo trimestre da MRV (MRVE3) divulgados na prévia foram considerados mistos pelos analistas. Se por um lado indicadores como vendas e a taxa de velocidade superaram as expectativas por outro lado a geração de caixa não agradou.

A companhia anunciou nesta quinta-feira que seu lançamentos de abril a junho somaram R$ 2,40 bilhões em valor geral de vendas (VGV), alta 5,4% sobre um ano antes.

Já as vendas totalizaram R$ 2,065 bilhões, aumento de 13,7% no comparativo anual.

Segundo a MRV, seu processo de vendas garantidas, no qual as vendas só são registradas quando o comprador apresenta o financiamento bancário, fez com que parte das vendas não fosse lançada dentro do trimestre.

“Os resultados operacionais foram mistos: os lançamentos e vendas foram fortes e a AHS (subsidiária nos Estados Unidos) postou bons resultados, mas o FCF (geração de caixa) foi fraco”, apontou o BTG Pactual em relatório.

A Ágora Investimentos destaca que esses resultados reforçam a visão de que embora o lado operacional da MRV de sua operação no Brasil seja sólido “vemos a empresa atingindo aproximadamente R$ 7 bilhões em lançamentos e cerca de R$ 6 bilhões em vendas em 2021 -, sua margem bruta deve ficar abaixo de seus pares em 2021”.

Para a XP, a MRV reportou sólidos resultados, impulsionados pelo desempenho positivo da AHS e pela resiliência do segmento de baixa renda no Brasil.

Já o analista Luis Sales, da Guide Investimentos, afirma que por conta da inflação, em especial o INCC-M, a MRV teve suas margens pressionadas.

“Entretanto, a MRV foi capaz de reportar um sólido resultado operacional, impulsionado pelos lançamentos que aumentaram no trimestre”, diz.

Por volta das 13h26, os papéis da construtora caíam 0,6

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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