MRV (MRVE3) sobe mais 10% nesta terça (22) e lidera altas no Ibovespa
As ações da MRV (MRVE3) lideravam as altas do Ibovespa no pregão desta terça-feira (22), chegando a mais de 10% de alta. Os papéis chegaram a entrar e leilão por oscilação máxima no dia.
Por volta das 14h30 (horário de Brasília) as ações registravam um avanço de 8,44%, a R$ 6,04, enquanto o principal índice da Bolsa subia 0,44%.
Os papéis da MRV já acumulam alta superior a 20% nos últimos cinco dias. As ações vêm se valorizando desde que a construtora divulgou a prévia operacional do primeiro trimestre de 2025 (1T25), apresentando ao mercado seus planos de desalavancagem e um novo guidance.
As mudanças incluem desde venda de terrenos da MRV Incorporadora, que estão parados no estoque, à venda de empreendimentos e reestruturação da Resia, a subsidiária americana que coleciona trimestres ruins.
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Os executivos expressaram forte convicção no potencial de valorização das ações, atualmente consideradas subvalorizadas, com o alinhamento de interesses dos sócios e a expectativa de resultados futuros robustos como principais catalisadores.
O Santander avalia que as projeções apresentadas pela MRV destacam o compromisso de transformar a MRV em uma “galinha dos ovos de ouro”, com margens e geração de caixa aprimoradas, além de transformar a Resia em uma plataforma mais leve e rentável.
O BTG Pactual, por sua vez, destacou as novas condições do programa habitacional do governo, o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) como um impulso para as operações da companhia.
MRV (MRVE3) é uma das ações mais “shorteadas”
Outro ponto que está no radar do mercado é a forte aposta na queda das ações da MRV. Segundo levantamento do Bradesco BBI, a companhia é uma das mais “shorteadas” da Bolsa, com 14% do seu free float — ou seja, das ações em circulação — alugadas. Esse percentual coloca a MRV como a quinta empresa mais vendida a descoberto no mercado.
O short ocorre quando investidores apostam na desvalorização de uma ação. Para isso, eles alugam os papéis, esperando que o preço caia para recomprá-los mais baratos e lucrar com a diferença.
No entanto, uma grande concentração de apostas contra pode gerar um efeito contrário, conhecido como short squeeze. Nesses casos, uma alta repentina nas ações força os vendidos a recomprar os papéis rapidamente, impulsionando ainda mais a valorização.
As ações da MRV, apesar do avanço nos últimos pregões, acumulam queda de 15% no ano e recuam cerca de 70% desde a máxima histórica registrada em 2019.
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*Com Renan Dantas
