MRV&Co (MRVE3): Construtora registra prejuízo, cai na bolsa e ainda tem potencial de alta de 140%

Apesar da prévia operacional já ter indicado um caminho conturbado, a MRV&Co (MRVE3) registrou um prejuízo líquido ajustado de R$ 262,9 milhões no primeiro trimestre de 2025 (1T25).
Os papéis encerraram o pregão desta sexta-feira (9) com queda de 11,22%, cotados a R$ 5,46.
O desempenho ruim do balanço foi novamente motivado pela “queimadora de caixa” da companhia, a Resia.
Segundo os analistas do BTG Pactual, a subsidiária norte-americana cresceu a ocupação de seus projetos em processo de locação e irá concluir a venda de 3 ativos, um conjunto de apartamentos em Dallas e dois terrenos. Essas vendas devem render cerca de US$ 66 milhões em dinheiro para a empresa, o que ajuda a reforçar o caixa.
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No entanto, a empresa já sabe que terá prejuízo nessas vendas, então antecipou uma perda contábil de US$ 36 milhões no balanço do primeiro trimestre. Por isso, a Resia fechou o trimestre com um prejuízo de US$ 49 milhões — e um consumo de caixa de US$ 64 milhões.
O banco ressalta, porém, que esse dinheiro deve voltar ao caixa no segundo trimestre (2T25), quando os valores das vendas forem efetivamente recebidos.
Os analistas que assinam o relatório avaliam que, no geral, os resultados trimestrais foram mistos, já que foi percebida também uma melhora de margem nas operações do Brasil, impulsionada pela recuperação contínua no segmento Minha Casa Minha Vida (MCMV).
A Genial Investimentos, por sua vez, avalia que apesar da operação brasileira estar em fase final de recuperação, a relevância dos pontos positivos da operação Brasil neste resultado “se apequena” diante da antecipação da aperda contábil da Resia.
O que fazer com as ações da MRV?
A percepção do BTG é que ações da MRV estão descontadas, portanto, enxergam um grande potencial de alta quando os resultados se “normalizarem”. Por isso, o banco mantém a recomendação de Compra para a ação.
Apesar da visão mais dura da Genial para o balanço deste trimestre, os analistas ainda enxergam um potencial de alta de 143,90% em relação ao preço atual. A recomendação segue de compra, com preço-alvo em R$ 15.