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Mulheres ricas dizem que Covid prejudica carreira e barra aumentos

25 jan 2021, 14:01 - atualizado em 22 jan 2021, 13:36
Mulheres Negros Empoeiramento Tecnologia Inovação
A pesquisa do UBS ecoa uma tendência econômica mais ampla: as mulheres, especialmente aquelas na faixa etária com maior probabilidade de ter filhos pequenos, estão abandonando o mercado de trabalho pelo ritmo mais rápido desde o auge da pandemia (Imagem: Unsplash/@wocintechchat)

A pandemia tem sido difícil para as mulheres trabalhadoras – mesmo aquelas com alta renda.

Uma pesquisa do UBS Group AG descobriu que 61% de mulheres ricas acreditam que o surto de Covid-19 está prejudicando suas carreiras, enquanto cerca de 40% disseram que a pandemia suspendeu os aumentos salariais e promoções, pois trabalharam menos para ajudar seus filhos na escola.

E um em cada quatro entrevistados disse que adiou planos de aposentadoria ou considerou deixar o mercado de trabalho completamente.

“A Covid definitivamente atrapalha as mulheres,” disse Paula Polito, vice-presidente de divisão da UBS Global Wealth Management, em entrevista.

“Quer se trate de sua capacidade de rendimentos, aumentos e promoções, dinheiro gasto durante aquele período, atrasos em seus planos de aposentadoria,” a carreira das mulheres está sendo prejudicada enquanto suportam uma carga de trabalho doméstica maior, disse ela.

A pesquisa do UBS ecoa uma tendência econômica mais ampla: as mulheres, especialmente aquelas na faixa etária com maior probabilidade de ter filhos pequenos, estão abandonando o mercado de trabalho pelo ritmo mais rápido desde o auge da pandemia, já que muitas escolas e creches permanecem fechadas.

“Não importa se você uma mulher poderosa da área de finanças ou uma mulher que trabalha como garçonete em um restaurante, você não vai desistir de seus filhos pelo seu trabalho”, disse Polito.

A pandemia também levou 68% das mulheres a discutirem dinheiro com mais frequência com seus parceiros e 49% a falar sobre herança com seus filhos, de acordo com a pesquisa do UBS. A empresa entrevistou 1.507 investidores norte-americanos – 991 mulheres e 516 homens – com pelo menos US$ 250.000 em investimentos de 21 de dezembro a 4 de janeiro.

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