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Museu da Imigração de SP abre portas para exposição de NFTs; conheça o metaverso de artistas brasileiros na Near

20 nov 2022, 16:00 - atualizado em 20 nov 2022, 12:24
Metaverso Museu São Paulo
(Imagem: Exposição NFT São Paulo, Sala 1/Spatial)

O Museu da Imigração de São Paulo vai sediar nesta quinta-feira (24) o evento NFT São Paulo, patrocinado pelo blockchain Algorand (ALGO). A exposição contará com obras de 300 artistas brasileiros de NFT que ficarão disponíveis até sábado seguinte (26).

O evento começou com a abertura de 3 exposições virtuais, no metaverso Spatial, na Ethereum (ETH) no dia primeiro de julho – e ficará aberto até este domingo (20).

Na quarta-feira (23), acontece o evento de abertura da NFT São Paulo, no Hotel Hilton Canopy, em São Paulo, e será fechado para convidados.

No dia 25 e 26 de novembro haverá um ciclo com 14 painéis e talks com expoentes do mercado de NFT nacional, no auditório do Museu da Imigração de São Paulo, que será marcado, no dia 26, por uma festa de encerramento acontecendo simultaneamente no metaverso (Voxels) e no Estúdio Curi.

“Apesar da importância do Brasil para o mercado de NFT, ainda não tínhamos aqui um evento voltado para a arte brasileira em NFT, que unisse artistas, colecionadores e blockchains”, diz comunicado.

Por trás da organização estão o casal de fotógrafos Oliver e Shirley Reinis. Ambos também transformam suas fotografias em NFTs, e possuem sua própria galeria no metaverso de Voxels, “ReinisCouple”.

“Meta Produção” de eventos, DAO de galeria de arte brasileira e cultura nacional no metaverso

“Isa Danoninho”, nome artístico, se intitula como artista psicodélica, ilustradora, produtora de meta eventos e está por trás da organização da festa de encerramento do evento. Conforme conta ao Crypto Times, nem mesmo a própria tinha ciência de que seria produtora de eventos no metaverso.

Ela é membro da “Gambiarra DAO” – uma organização descentralizada no blockchain da Near Protocol que tem como objetivo trazer, e juntar, os artistas nacionais ao metaverso. 

Conforme conta, seu papel na Gambiarra DAO é de produtora de festas e eventos, e era responsável por uma festa chamada “Metatronic” que trazia artistas que tocam música eletrônica de fora do blockchain e transmitir no metaverso.

A Metatronic é um projeto nascido na Metaverse DAO, outra organização onde a produtora atuou como colaboradora.

Os mais de 200 artistas que fazem parte da Gambiarra DAO expõem suas obras em formato de NFTs na “mintbase”, uma plataforma de negociação de tokens não fungíveis da Near.

Os encontros da galeria de arte brasileira do metaverso vão desde exposições, saraus e shows, realizados no Metaverso chamado Voxels.

A artista comenta que seu amigo atua como DJ, e parceiro na Banali – coletivo que organiza festivais de música eletrônica. A Banali também é apoiadora da exposição que acontece no Museu de Imigração em São Paulo, e no metaverso.

“A pandemia impediu com que esse grupo se reunisse, então decidimos fazer uma Banali solidária que consistiu em todo mundo gravar seu som. Esse foi o começo, onde fomos impedidos de nos vermos e decidirmos fazer algo que trouxesse essa conexão”, conta.

A produtora conta que o primeiro evento, em meados de julho de 2021, foi na rede social de streaming da Twitch, e resultou em dois dias de evento e diversas arrecadações para fins sociais.

Quando entrou para a Gambiarra DAO, Isa confessou que não entendia ao certo o que era uma DAO. “Acho que isso é uma pergunta que assombra muitas pessoas”.

No começo de fevereiro deste ano, a artista foi chamada para produzir sua própria festa no Metaverso, e, conforme conta, tornou-se algo recorrente. Além de sua festa, ela conta que de vez em quando recebe convites para organizar eventos de outras DAOs.

No que tange o NFT São Paulo no Museu dos Imigrantes, ela diz que a questão de ser físico e no metaverso acaba envolvendo outras demandas.

“Existe esse lance de trazer a licença do físico para o metaverso e vice-versa. Vários dos móveis que estão lá na festa física, eu já construí em Voxels e já coloquei no galpão onde acontecerá a festa. Para trazer um pouco dessa estética”, diz.

Financiamentos da Near Foundation paralisados

Conforme explica, até cerca de dois meses atrás, a Near Foundation, fundação por trás da blockchain, havia alguns núcleos que financiavam projetos por categorias. A Gambiarra recebeu financiamento da “Creative”, núcleo responsável por fomentar projetos dentro do ecossistema.

A chegada do inverno cripto afetou os financiamentos, segundo a artista, o futuro ainda não é certo. “Ainda estou sem saber para onde vou ou o que faço”, brinca.

O financiamento era conforme um processo de votação dentro de cada núcleo. No caso do Gambiarra, uma DAO de galeria de arte, recebia dinheiro para executar o trabalho exercido na organização, e assim, fazer ações como espaço no metaverso.

“Havia uma época em que alugávamos um espaço no metaverso. Pagamos ‘a maior grana’ no aluguel mensal do espaço. Depois conseguimos um espaço gratuito que começamos a utilizar e agora temos nosso ‘Near Hub’, um espaço construído dentro do blockchain da Near”, diz.

Ela conta que, há dois meses os financiamentos da Near foram pausados, ao menos no núcleo do “Creatives”. “O ‘Creatives’ do mundo inteiro está parado, ninguém está recebendo financiamento. A DAO até tem um dinheiro guardado, mas essa queda absurda prejudicou”, conta.

A “meta produtora” de eventos comenta acreditar que, no âmbito de ações na Web3 voltadas à arte, São Paulo está mais atrasado que o Rio de Janeiro.

“A galera do Rio está muito mais forte, unida e já ocupando espaços bem grandes nesse sentido. São Paulo está ganhando o primeiro evento desse porte”, afirma.

A produtora comenta que, mesmo que costume fazer esses serviços “pela arte”, pensa em oferecer este serviço para empresas, como um “meta events producer as a service”

“Pretendo começar a oferecer esse serviço para empresas. É um mercado. É preciso alugar um terreno de alguém, montar o terreno, fazer toda criação do cenário e a estética daquilo que o cliente quer”, revela.

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Repórter do Crypto Times
Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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Jornalista formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Repórter do Crypto Times, e autor do livro "2020: O Ano que Não Aconteceu". Escreve sobre criptoativos, tokenização, Web3 e blockchain, além de matérias na editoria de tecnologia, como inteligência artificial, Real Digital e temas semelhantes. Já cobriu eventos como Consensus, LabitConf, Criptorama e Satsconference.
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