Commodities

Na Cooxupé, café no mercado futuro só para 22 e nem saída de posições vendidas para 21, por enquanto

04 dez 2020, 16:12 - atualizado em 10 mar 2021, 10:32
Café
Café para 2022 já tem recomendação de travamento no mercado futuro (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A depender da orientação da Cooxupé aos seus mais de 15 mil produtores cooperados de café, ainda não é hora de travar vendas futuras e nem sair das posições vendidas. Isso para 2021. Para 2022, é outra história.

Vai ter menos café na próxima safra, de tanto que as lavouras apanharam do clima mais seco este ano, mas ainda é um dado com números incertos.

“O mercado deve ceder a qualquer momento e o ideal é esperar mais um pouco, ainda acho cedo”, explica Lúcio Dias, superintendente comercial da maior cooperativa produtora e exportadora brasileira.

Da safra cheia colhida este ano – de 7,2 milhões de sacas esperadas, as unidades e a sede de Guaxupé receberam mas de 8 milhões -, e acima da boa temporada de 2018, 40% foram negociadas pelos produtores no mercado futuro.

Os preços estavam remuneradores também. Seguindo a máxima da commodity, “safra alta, preços bons”, a recomendação foi dada.

Para o café do ano que vem, mesmo sem precisão do tombo da produção, “safra baixa, preços ruins”, Dias acredita que as vendas futuras serão menores.

Daí que circula pelo mercado que há um movimento no cinturão cafeeiro de Minas Gerais de produtores saindo das posições vendidas pelo temor de déficit bravo do produto em 2021.

Só que sair do mercado e pagar a diferença é para poucos.

Lúcio Dias escutou essa conversa mas não viu nada, pelo menos entre os cooperados da empresa. Tanto como vendas como renegociação, tudo está parado.

Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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