Na corrida: On Running dispara após resultado do 2T25

As ações da On Holding, empresa dona da marca On Running, sobem quase 8% na Nyse, após a companhia ter divulgado, hoje mais cedo, seu resultado do segundo trimestre de 2025 (2T25). Mais cedo, os ganhos chegaram a ser de quase 15%.
A empresa suíça vem se mostrando uma “pedra no sapato” de marcas maiores, como Nike e Puma, ao ganhar market share em algumas modalidades, como corrida e tênis. Conhecida inicialmente por ter o tenista Roger Federer como um dos seus sócios e embaixadores, a On Running teve suas vendas crescendo 32% no ano, totalizando 749,2 milhões de francos suíços.
A receita bruta foi de 460,8 milhões francos, com margem de 61,5% — contra 59,9% um ano antes. A companhia explica que a expansão da margem refletiu, principalmente, uma maior participação de produtos vendidos diretamente ao consumidor, além de ajustes na estratégia de preços.
A administração informou que está na metade de seu plano estratégico de três anos, com foco no crescimento da categoria de vestuário, expansão do varejo premium e fortalecimento da presença na Ásia-Pacífico.
Essa região foi destaque no crescimento em crescimento da receita, com mais 101,3% reportado. Na Europa, Oriente Médio e África (EMEA), as receitas subiram 43% no mesmo critério, impulsionadas por mercados como França, Itália e Reino Unido. Já nas Américas, o crescimento foi de 23,6%, um pouco abaixo das expectativas.
On mostra força em todas as regiões
“Nos primeiros seis meses de 2025, vendemos mais itens de vestuário do que uma das nossas franquias de calçados mais bem-sucedidas. Nosso canal de vendas direto ao consumidor (DTC) atingiu 41,1% das vendas no trimestre”, falou David Allemann, co-chairman da On Holding.
“Vimos força em todas as regiões, canais e categorias de produtos. Esse impulso amplo é a definição de resiliência no nosso negócio”, completou.
Após os resultados, a On revisou para cima suas projeções para 2025 e agora espera crescimento de pelo menos 31% nas vendas líquidas em base cambial constante (CHF 2,91 bilhões nas taxas atuais), margem bruta entre 60,5% e 61% e margem EBITDA ajustada entre 17% e 17,5%.
“Mudamos o guidance após o forte desempenho no primeiro semestre, o início positivo do terceiro trimestre e o sólido livro de pedidos. Tudo isso nos levou a elevar a projeção de crescimento anual de vendas líquidas”, mencionou o CEO Martin Hoffmann.
O diretor executivo da empresa ainda defendeu que a On está, mais do que criando novos calçados, “construindo uma franquia iconica” e “ampliando sua relevância como marca esportiva”.
“Nossa visão vai muito além do calçado. Começamos na corrida, mas expandimos com sucesso para trail, outdoor, tênis e treino, aproximando-nos de nossa visão de ser a marca esportiva premium mais completa”, falou Allemann.
“O movimento cultural em direção ao esporte como novo uniforme significa que também somos uma marca lifestyle, desbloqueando um mercado endereçável muito maior”, completou, mencionando ainda o grande apelo da marca entre adolescentes e jovens.
Com isso, investidores ignoraram o fato de a empresa esportiva ter registrado um prejuízo de 40,9 milhões de francos no 2T25, explicado principalmente pelas flutuações cambiais.