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Na Eletrobras (ELET3), 2025 pode ser de dividendos mais generosos

14 mar 2025, 13:44 - atualizado em 14 mar 2025, 13:45
eletrobras ELET3 1t24
eletrobras ELET3 1t24 (Imagem: REUTERS/Brendan McDermid)

A Eletrobras (ELET3) pode entregar dividendos mais generosos em 2025, disseram analistas após a divulgação dos resultados do quarto trimestre e o anúncio de R$ 1,8 bilhão em proventos. A recomendação para a ação segue como “compra”.

Ao comentar sobre os dividendos, analistas da Genial Investimentos citaram um balanço patrimonial ainda desalavancado da empresa e a perspectiva de alta nos preços da energia elétrica devido a chuvas menos intensas – o que contribui para um cenário favorável à geração de caixa.

A XP Investimentos destacou que o payout (parcela do lucro distribuída como dividendo) de 41% neste trimestre ficou acima do mínimo de 25%, sinalizando uma política de dividendos potencialmente mais robusta.

Para desempenho da Eletrobras em 2025, segundo analistas, um dos principais gatilhos é a assinatura do acordo relacionado à Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) promovida pela Advocacia Geral da União (AGU).

A Genial Investimentos acredita que, com a resolução dessa questão sem maiores controvérsias, a empresa poderá retomar a agenda positiva de aumento de eficiência, que estava paralisada durante as negociações com o governo federal.

Além disso, com a descontratação da empresa prevista em 18% para 2025, a Genial Investimentos disse que há um bom espaço para a Eletrobras aumentar sua taxa de contratação a preços mais interessantes ao longo do ano.

A XP Investimentos também acredita que a empresa continuará focada na redução de custos e ganhos de eficiência.

Como foi o 4T24 da Eletrobras

O desempenho da Eletrobras no 4T24 mostrou receitas dentro das expectativas, mas custos pressionando o Ebitda.

A receita líquida regulatória cresceu 4,2% na base anual, impulsionada pelo aumento de contratos e preços na geração. No entanto, a transmissão caiu devido à revisão tarifária.

O Ebitda ajustado ficou abaixo das projeções, afetado por maiores custos com energia (alta de 38% na comparação anual) e despesas com pessoal, incluindo R$ 250 milhões em PDVs. Os custos totais subiram 35% a/a, superando estimativas.

A dívida líquida caiu para R$ 37,6 bilhões, com alavancagem reduzida para 1,5x, viabilizando a distribuição adicional de dividendos.

Os papéis da companhia na Bolsa mostravam uma reação pouco expressiva. Por volta das 13h40, ELET3 subia 0,8%, a R$ 40,28.



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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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