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Na fila: Empresa de tecnologia Nava, que tem Itaú e Bradesco como clientes, faz aquisições enquanto espera janela para IPO

13 set 2025, 14:00 - atualizado em 13 set 2025, 10:26
(Foto: Nava/Divulgação)

O Brasil está perto de completar cinco anos sem realizar uma oferta pública inicial de ações, o famoso IPO, na sigla em inglês. Gestores afirmam que várias empresas estão prontas para fazer esse movimento, aguardando somente a abertura da “janela”. Uma delas é a Nava, empresa que presta serviços de tecnologia e que tem em sua carteira de clientes empresas do tamanho de Itaú e Bradesco, entre outras.

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A empresa vai completar 30 anos de operações em 2026, mas mudanças importantes começaram a acontecer em 2024. A Nava recebeu um aporte da Crescera Capital, gestora que já se chamou Bozano Investimentos, e teve o ex-ministro Paulo Guedes como CEO até 2018, antes de assumir o cargo público.

As duas partes não revelam o valor do aporte, mas os recursos serão utilizados principalmente para fazer aquisições. “Faremos duas aquisições até o final de 2025. Para o começo de 2026, já trabalhamos em pelo menos mais uma”, afirma André Scatolini, CEO da Nava, em conversa com o Money Times.

Questionado sobre os planos após as aquisições, Scatolini projeta uma aceleração do ritmo de crescimento da Nava, que triplicou seu faturamento em quatro anos. Em 2020, a companhia teve um faturamento de R$ 131,2 milhões. Em 2024, esse valor chegou a R$ 388,5 milhões.

“O objetivo é bater os R$ 500 milhões neste ano. Sem contabilizar as aquisições, que devem ter participação mais efetiva nos resultados a partir de 2026”, diz o CEO da Nava.

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Segurança no mundo financeiro digital

O setor financeiro é responsável por boa parte deste faturamento da Nava. Além dos gigantes Itaú e Bradesco, a companhia tem como clientes outros grandes bancos, como Santander, Safra, Inter, Banco BV e BMG.

“É um segmento com alta demanda por serviços de tecnologia, especialmente em segurança. Investimos muito para desenvolver produtos que atendam essa demanda, que é muito sensível para os bancos”, afirma Scatolini.

Nos últimos dois meses, criminosos cibernéticos conseguiram desviar cerca de R$ 1,5 bilhão do sistema do Pix, com ataques a empresas de tecnologia que prestam serviços aos bancos. “É um trabalho que precisa de desenvolvimento constante”, admite Scatolini.

Crescera não está com pressa

Pelo lado da Crescera Capital, Laura Guaraná, sócia e co-responsável pela estratégia de Private Equity, afirma que está muito satisfeita com o desenvolvimento da Nava.

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Ela confirma que a empresa está bem próxima de fechar aquisições ainda em 2025. “Uma está bem próxima de ser fechada, a outra está em processo de diligência. Para 2026, a meta é fazer mais duas aquisições”.

A Crescera tem atualmente cerca de R$ 4 bilhões sob gestão, com atuação principalmente em Private Equity e Venture Capital. No portfólio da gestora, estão empresas de educação como a Afya, que tem capital aberto em Nova York, Ânima, Abril Educação e Vitru, está última ainda ativa na carteira da gestora.

No varejo, aparecem redes conhecidas do público, como Amor aos Pedaços, Oba Hortifruti e Forno de Minas, todas já desinvestidas.

Sobre a Nava, Guaraná afirma que a Crescera acabou de entrar no capital, e por isso, não há pressa. “Nós entramos em uma empresa já com a saída planejada. No entanto, costumamos ficar entre sete e oito anos. Então ainda não pensamos em como sair”.

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A gestora afirma que a grande “trava de crescimento” das empresas está na taxa de juros. “Não acho que esse patamar atual da Selic se sustente por muito tempo. E quando ela baixa para níveis mais razoáveis, não tenho dúvida de que o crescimento da Nava vai explodir”.

Quanto ao retorno para os investidores, ela dá o exemplo da Afya. A Crescera vendeu sua participação no IPO, e obteve um retorno superior a 90% ao ano.

“Nós procuramos oportunidades em momentos complicados dentro dos setores em que atuamos mais. No caso da Afya, o segmento de educação estava passando por um momento complicado em 2014/15. E nós enxergamos na empresa um potencial grande”, conta Guaraná. A Afya abriu capital na Nasdaq em 2019, pouco antes da eclosão da pandemia de Covid-19.

Atualmente, a Crescera tem 14 empresas investidas na área de Private Equity. “Todas elas têm boa estrutura financeira. A Nava está realmente pronta para fazer um IPO. Só vamos esperar o momento certo, não estamos com pressa”, diz Guaraná.

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Editor-Chefe do Money Times
Jornalista formado na Unesp, tem 20 anos de experiência na profissão e atualmente é editor-chefe do Money Times, com passagens por DCI, Gazeta Mercantil, Agência Estado/Broadcast, Seu Dinheiro, TC Mover e Folha de S. Paulo
renato.carvalho@moneytimes.com.br
Jornalista formado na Unesp, tem 20 anos de experiência na profissão e atualmente é editor-chefe do Money Times, com passagens por DCI, Gazeta Mercantil, Agência Estado/Broadcast, Seu Dinheiro, TC Mover e Folha de S. Paulo
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