Dividendos

Nada de extraordinário: Petrobras (PETR4) projeta até US$ 50 bilhões em dividendos até 2030

28 nov 2025, 8:42 - atualizado em 28 nov 2025, 8:42
Petrobras PETR4 dividendos
Petrobras projeta distribuir até US$ 50 bilhões em dividendos até 2030, mantendo foco em Exploração & Produção e ajustes em investimentos de baixo carbono. (Imagem: Tânia Rêgo/Agência Brasil/Flickr)

A Petrobras (PETR4) divulgou na quinta-feira (28) seu Plano de Negócios para o período entre 2026 e 2030, estimando gerar entre US$ 190 bilhões e US$ 220 bilhões em caixa nos próximos cinco anos — e uma parte vai para os acionistas.

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Do total, a estatal pretende distribuir entre US$ 45 bilhões e US$ 50 bilhões em dividendos ordinários aos acionistas, reafirmando sua política de remuneração baseada no desempenho operacional, capacidade de investimento e nível de endividamento.

O plano mantém a previsibilidade para os investidores, mas deixa de prever dividendos extraordinários, que antes poderiam somar até US$ 10 bilhões. A faixa projetada para dividendos ordinários é menor que no plano anterior, que chegava a US$ 55 bilhões, refletindo maior cautela diante de um cenário de preços do petróleo mais desafiador.

Investimentos e prioridades da Petrobras

O total de investimentos previsto para 2026-2030 é de US$ 109 bilhões, ligeiramente abaixo do plano anterior. O corte se concentrou principalmente em energias de baixo carbono e projetos de descarbonização, enquanto a área de Exploração e Produção de petróleo segue como prioridade, com possibilidade de receber aportes adicionais dependendo da cotação do petróleo.

  • Exploração & Produção (E&P): US$ 78 bilhões, com previsão de pico de produção de 2,7 milhões de barris por dia em 2028 e 3,4 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia considerando toda a produção de petróleo e gás. Grande parte do crescimento virá do pré-sal da Bacia de Santos, especialmente do campo de Búzios, que terá 11 unidades FPSO até 2027.
  • Refino, Transporte e Comercialização: US$ 20 bilhões, para aumentar a capacidade de processamento de 1,8 milhão para 2,1 milhões de barris por dia até 2030.
  • Gás e Energias de Baixo Carbono: US$ 9 bilhões, redução frente aos US$ 11 bilhões do plano anterior, com destaque para biocombustíveis, que terão investimentos de US$ 4,8 bilhões. Os aportes em energia eólica e solar caem para US$ 3,1 bilhões.
  • Área Corporativa e descarbonização: US$ 2 bilhões e US$ 4,3 bilhões, respectivamente.

O plano inclui ainda medidas para otimizar custos operacionais, estimando economias de US$ 12 bilhões entre 2025 e 2030, por meio da redução de gastos em plataformas inativas, otimização logística e melhorias na operação de poços e inspeções submarinas.

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O preço do Brent considerado no plano é de US$ 63 por barril para 2026 e US$ 70 nos anos seguintes. Avaliações trimestrais poderão ajustar investimentos caso o fluxo de caixa ou a produção não correspondam às projeções, garantindo flexibilidade financeira.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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