Economia

Não há indicador específico que atue como gatilho para retomada de altas da Selic, diz Galípolo

26 jun 2025, 13:17 - atualizado em 26 jun 2025, 15:20
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(REUTERS/Adriano Machado)

O presidente do Banco CentralGabriel Galípolo, disse, nesta quinta-feira (26), que não há um indicador específico que funciona como gatilho para que o Comitê de Política Monetária (Copom) decida retomar o ciclo de alta da Selic.

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“Analisamos um conjunto de indicadores”, afirmou Galípolo em entrevista coletiva sobre o Relatório de Política Monetária.

Na reunião da semana passada, os diretores elevaram os juros em 0,25 ponto percentual (p.p.), a 15% ao ano, e sinalizaram a interrupção do aperto monetário e a manutenção da taxa no patamar atual por um período “bastante prolongado”. Eles, entretanto, afirmaram que podem retomar o aperto monetário o ciclo de alta, caso julguem necessário.

Galípolo ponderou, na coletiva, que há uma defasagem do efeito da política monetária. “Os juros que a economia está sentido hoje não são do atual patamar da Selic”, disse para justificar a pausa no aperto.

No comunicado, o Copom informou que irá “examinar os impactos acumulados do ajuste já realizado, ainda por serem observados, e então avaliar se o nível corrente da taxa de juros, considerando a sua manutenção por período bastante prolongado, é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta.”

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O presidente do BC afirmou hoje que existem vários caminhos para atingir o centro da meta de inflação e reforçou que as autoridades estão comprometidas em persegui-lá. A meta oficial de inflação é de 3%, com tolerância de 1,5 p.p. para cima ou para baixo.

Ele disse ainda que não há relação “mecânica” entre o balanço de riscos para a inflação divulgado pela autarquia em suas comunicações e a condução da política monetária.

A opção do BC por deixar de especificar se o seu balanço de riscos altistas e baixistas para a inflação está simétrico ou assimétrico visou evitar “contagem de riscos” para um lado e para outro como uma indicação do que o BC fará.

*Com informações da Reuters

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
giovana.leal@moneytimes.com.br
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.