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Não se anime com o varejo em 2022: setor deve sofrer com inflação e inadimplência, diz economista

25 nov 2021, 18:15 - atualizado em 25 nov 2021, 18:15
Varejo
Flávio Calife estima que o spred deve crescer 2,5% no próximo ano, o que pode atrapalhar ainda mais o setor (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Aportar dinheiro no setor no varejo é algo que gera interesse para o investidor por causa da rentabilidade. Só para se ter uma ideia, os papéis do Magazine Luiza (MGLU3) dispararam 2133% nos últimos cinco anos.

No entanto, o investidor deve ter cuidado, pois o varejo será o mais castigado pela alta da inadimplência e da inflação no próximo ano, afirma Flávio Calife, economista da Boa Vista Serviços (BOAS3) ao Money Times. Para ele, a inflação deve terminar 2022 na casa dos 6%. Já a inadimplência ficará em 5,2%.

Segundo Calife, o avanço da inflação tende a corroer ainda mais a renda da população, que ao invés de focar as atenções na compra de itens como TVs, celulares, sofás, máquinas de lavar, terá outras prioridades, como gastos com alimentos entre os mais pobres, e com saúde e educação, para a classe média.

“Com a inflação, tem coisas que não dá para fugir, como transporte e alimentação. Então, com a pressão desses segmentos você deixa de comprar outras coisas”, diz.

O economista explica também que a alta da inadimplência atrapalha esse setor, já que isso dificulta a tomada de crédito.

“Esse segmento do varejo tende a ser o mais impactado no próximo ano, por exigir um dinheiro maior do consumidor e por causa de uma maior exigência para a liberação de crédito”, explica.

Por outro lado, Calife está otimista com a possibilidade de uma melhora na vendas de TVs durante a Copa do Mundo de 2022, que por coincidência começará na Black Friday do próximo ano, o que pode aliviar o setor.

“Na Copa do Mundo, as pessoas compram televisão mesmo, ainda mais com a Black Friday, mas precisamos ver como vamos chegar lá economicamente. Então, olhando hoje eu vejo que sim, vai ser uma boa data para isso”, concluiu.

Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
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