Comprar ou vender?

Não se empolgue com o Magazine Luiza; ações já renderam tudo o que podiam

17 fev 2020, 14:40 - atualizado em 17 fev 2020, 14:40
Magazine Luiza Varejo
Folia com hora contada: para a XP Investimentos, ações já chegaram ao limite (Imagem: LinkedIn/Magazine Luiza)

No geral, o analistas gostaram dos números do quarto trimestre, divulgados pelo Magazine Luiza (MGLU3). Entre os destaques, foram citados o crescimento das vendas, o aumento do ebitda e a continuidade dos investimentos no e-commerce.

O problema, contudo, é que tudo isso deve ajudar pouco na valorização das ações.

Em um rápido comentário, a Guide Investimentos classificou os resultados da varejista como “robustos”, a ponto de compensar o ebitda ligeiramente abaixo das expectativas, devido à consolidação da compra da Netshoes.

Ao reiterar sua visão “positiva” para a empresa em 2020, a Guide enfatiza os investimentos que o Magazine Luiza deve realizar para se transformar numa plataforma de serviços, conjugando as lojas físicas com o comércio online.

Muita calma

A XP Investimentos também elogia o desempenho do empresa, e observa que o lucro líquido foi surpreendente. Com R$ 4,7 bilhões em caixa em dezembro, a companhia tem pernas para continuar seu investimento na integração de plataformas, segundo a gestora.

Luiza, avatar do Magazine Luiza
Digital: integração entre lojas físicas e online é o projeto mais elogiado pelos analistas (Imagem: Divulgação/Magazine Luiza/Facebook)

“Vemos espaço para potenciais surpresas positivas em relação à estratégia de alocação de capital da companhia”, afirma a XP, em relatório aos clientes assinado por Pedro Fagundes.

Tudo isso é muito bom, mas não deve repercutir por muito tempo no preço dos papéis, já que a empresa já é negociada a múltiplos elevados, de acordo com o analista da XP. “Temos dificuldade em justificar um potencial de alta significativo nos níveis atuais”, diz.

Por isso, a gestora mantém sua recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 58 para o fim de 2020. A questão é que a cifra é ligeiramente menor que a cotação desta segunda-feira (17).

Por volta das 14h28, os papéis eram negociados por R$ 58,69, com alta de 4,19%, muito acima do 0,87% que o Ibovespa registrava no mesmo instante, ao marcar 115.379 pontos. Se a XP estiver correta, isso é o máximo que veremos do Magazine Luiza neste ano – e nem chegamos no Carnaval.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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