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Natura (NTCO3): apesar de resultado fraco no 1T22, ações já estão precificadas, diz Goldman

06 maio 2022, 10:41 - atualizado em 06 maio 2022, 10:45
Natura NTCO3
A recomendação do banco para a Natura (NTCO3) é neutra, e o preço-alvo das ações é de R$ 26,00 (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

O resultado operacional da Natura (NTCO3) no primeiro trimestre de 2022, apesar de indicar um balanço negativo para a empresa, “já está precificado” nas ações da companhia devido às prévias operacionais, afirma o Goldman Sachs.

Os dados mais fracos se devem, principalmente, à queda nas: vendas fracas (-13% em comparação anual), margem bruta (-50 pontos base) e margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustada (-300 bp).

Uma preocupação adicional, segundo o relatório, foi o “adiamento da projeção de receitas (R$ 47 bilhões-49 bilhões) e alavancagem (dívida líquida/EBITDA < 1,0X) de 2023 para 2024”. No entanto, as projeções do banco já tinham esse nível de receita sendo alcançado apenas em 2024.

A recomendação do banco para a companhia é neutra, e o preço-alvo das ações é de R$ 26,00 para os próximos 12 meses.

O valor indica uma alta de 56% frente o valor de negociação das ações. Por volta das 10h30 desta quinta-feira (5), as ações da empresa recuavam cerca de 2,9%, a R$ 16,60.

A Natura encerrou o 1T22 com prejuízo líquido de R$ 643,1 milhões ante o prejuízo de R$ 155,2 milhões um ano antes, devido ao menor Ebitda e ao aumento das despesas financeiras, conforme balanço divulgado ao mercado nesta quinta-feira (5).

Destaques no 1T22

Dentre os números publicados nesta manhã, o relatório do Goldman, assinado por Irma Sgarz e equipe, destaca a queda de 2% na receita da Natura&Co Latam (59% da receita bruta do 1T22), em parte devido a uma forte base de comparação anual.

Já a Avon International (21% do total da receita) reportou uma queda de 10% na receita anual, principalmente impactada pela guerra entre a Ucrânia e a Rússia. Contudo, os analistas seguem “vendo avanços nos fundamentos do negócio, com aumento de produtividade de +9% no 1T22 [em comparação anual]”.

Ainda, o relatório ressalta que a margem Ebitda bruta consolidada caiu cerca de 50 bp por estar pressionada pelo aumento dos preços das commodities, custos de envio e ventos contrários cambiais. Os quais “foram ligeiramente compensados ​​pelas sinergias da integração da Avon e melhor gestão de receitas”.

Riscos

A equipe do Goldman também enumerou os pontos fortes da Natura, que podem levá-la a um ano mais otimistas.

São eles: resiliência maior do que o esperado na demanda do consumidor final; grande portfólio multimarcas; efeitos cambiais favoráveis; e resiliência dos canais de vendas diretas, que ainda são afetados em algumas regiões do país por medidas de distanciamento social.

Dentre os riscos de enfraquecimento do desempenho da companhia em 2022, estão: riscos de execução que podem levar a uma potencial “canibalização” entre Natura e Avon em regiões onde ambas operam; potenciais reinvestimentos na operação da Avon; alta exposição ao canal tradicional de venda direta; e riscos gerais de execução relacionados à aquisição da Avon.

Saiba mais! Confira os destaques da temporada de resultados do 1T22:

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Jornalista formada pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e repórter no portal Money Times, com passagem pela redação da Forbes Brasil. Atualmente escreve e acompanha notícias sobre economia, empresas e finanças.
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