BusinessTimes

Natura&Co (NTCO3) fecha 3T22 com prejuízo de R$ 559,8 milhões

09 nov 2022, 21:39 - atualizado em 09 nov 2022, 22:02
Natura
Resultado vem pior que as estimativas do consenso do mercado (Imagem: Diana Cheng/Money Times)

A Natura&Co (NTCO3) marcou prejuízo no terceiro trimestre do ano, seguindo a tendência negativa vista no trimestre passado.

Segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (9), a empresa de cosméticos computou prejuízo líquido atribuível a acionistas controladores de R$ 559,8 milhões entre julho e setembro do ano, ante lucro de R$ 272,9 milhões apresentados no mesmo intervalo de 2021.

O resultado veio bem pior que o esperado. Pelo levantamento da Bloomberg, o consenso do mercado projetava prejuízo de R$ 99 milhões para a companhia.

De acordo com a Natura, a linha do prejuízo foi impactada principalmente por um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) menor.

O Ebitda ajustado contraiu 5,7% no comparativo anual, totalizando R$ 772,5 milhões. A margem Ebitda ajustada recuou 120 pontos-base e atingiu 64.1%.

A receita líquida consolidada contraiu 5,7% em moeda real, a R$ 9 bilhões. Do montante total, R$ 5,77 bilhões corresponderam às operações da Natura&Co Latam, com crescimento anual de 4,1%.

A receita da Avon caiu 19,8% e foi para R$ 1,64 bilhão. The Body Shop também apresentou queda em suas receitas, que totalizaram R$ 976 milhões (-29,8% ano a ano).

A Aesop, por sua vez, teve crescimento de 8,9% na receita, com o valor final de R$ 602,6 milhões.

No relatório, Fábio Barbosa, CEO da Natura&Co, comentou que a The Body Shop seguiu mostrando resultados desafiadores em meio à uma recuperação mais lenta da franquia e à queda do segmento “em casa”.

Sobre a Avon, o executivo reforçou que está acelerando o processo de integração. A reorganização do grupo, anunciado no trimestre passado, também progrediu.

Em outubro, o conselho de administração da companhia autorizou o início de um estudo comparativo entre uma oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) e um spin-off (separação do grupo) da Aesop. A cisão poderia ser seguida de uma potencial oferta pública.

O estudo comparativo visa avaliar estruturas alternativas que possam agregar mais valor para a Aesop, disse a Natura, na época.

O IPO vem sendo avaliado pela administração nos últimos meses como uma alternativa para financiar o crescimento da Aesop. A estratégia está alinhada com o objetivo da companhia de “proporcionar maior autonomia e responsabilidade às suas marcas e unidades de negócios”.

Em fato relevante divulgado nesta quarta, a Natura informou a descontinuidade de seu guidance. A varejista decidiu descontinuar a divulgação de projeções relacionadas a:

  • companhia: receita líquida consolidada, margem Ebitda consolidada, índice de endividamento líquido consolidado;
  • Avon Internacional: margem Ebitda recorrente e programa de investimentos; e
  • captura de sinergias resultantes das combinações de negócio entre a companhia e a Avon Products.

O motivo envolve a reestruturação organizacional do grupo.

“Tendo em vista a continuidade da reestruturação organizacional da companhia e as recentes atualizações sobre possíveis alterações em suas linhas de negócio, a companhia decidiu descontinuar as projeções citadas acima”, explicou.

Siga o Money Times no Instagram!

Conecte-se com o mercado e tenha acesso a conteúdos exclusivos sobre as notícias que enriquecem seu dia! Todo dia um resumo com o que foi importante no Minuto Money Times, entrevistas, lives e muito mais… Clique aqui e siga agora nosso perfil!

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin