Economia

Navegamos em território desconhecido com risco eleitoral, diz Garde

18 dez 2017, 11:29 - atualizado em 18 dez 2017, 11:29

A curto prazo, os bons fundamentos da economia tendem a prevalecer, com ao menos mais um corte na taxa básica de juros, mas no decorrer de 2018 até as eleições as incertezas vão dificultar a precificação dos riscos, avalia a gestora de recursos Garde.

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“Navegamos em território desconhecido e sem uma bússola confiável”, diz a carta mensal de dezembro da casa, citando a falta de definição das candidaturas e o pouco poder preditivo das pesquisas. “O risco eleitoral segue como a principal incerteza para o nosso cenário doméstico.”

Para a Garde, o Brasil vive um braço de ferro entre os fundamentos e as incertezas. Embora apresente melhora no âmbito fiscal na parte das receitas, o equilíbrio segue muito instável. “A eventual eleição de um presidente que não tenha uma agenda reformista, que não preze pela responsabilidade fiscal e que não avance na agenda de modernização da economia poderá colocar em risco as conquistas econômicas realizadas ao longo do governo Temer.”

Com a reforma da Previdência ficando para depois, provavelmente para 2019, a corrida presidencial ganha ainda mais relevância. “Poderemos voltar a discutir a insustentabilidade da trajetória da dívida, o que teria consequências nefastas para o mercado”, diz o texto.

Do ponto de vista dos fundamentos, a Garde destaca o ambiente favorável de inflação que, caso se confirme ainda mais benigno no primeiro trimestre do ano que vem, poderia abrir espaço para um corte adicional de 0,25 ponto percentual na Selic em março. Eles esperam ao menos mais uma redução de 0,25 ponto em fevereiro, levando-a para 6,75% ao ano.

Além disso, a gestora revisou a projeção para o crescimento do PIB neste ano, de 0,7% para 1%. Para o ano que vem, a estimativa passou de 2,7% para 3%.

Quanto ao cenário externo, a perspectiva para 2018 é positiva, com expansão sincronizada de EUA, zona do euro e Japão, inflação controlada e normalização gradual da política monetária. Em suma, “mais um ano favorável para ativos de risco e países emergentes”.

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