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Negociação de crédito deve acelerar contratações, diz McKinsey

16 nov 2020, 14:17 - atualizado em 16 nov 2020, 14:17
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As empresas vão preparar suas mesas de negociação de crédito em antecipação ao aumento da demanda de investidores nos próximos 12 a 18 meses, disse a McKinsey (Imagem: REUTERS/Sertac Kayar)

As mesas de negociação de crédito devem se destacar nas contratações em Wall Street nos próximos meses, de acordo com a consultoria McKinsey & Co., em contraste com o cenário desolador para muitos à procura de emprego no setor financeiro.

As empresas vão preparar suas mesas de negociação de crédito em antecipação ao aumento da demanda de investidores nos próximos 12 a 18 meses, disse a McKinsey em relatório sobre a saúde do setor.

“Vemos contratações mais fortes acontecendo no mercado de crédito”, disse George Kuznetsov, sócio da McKinsey, em entrevista.

Inovações em investimento de crédito – incluindo negociação de portfólio, índices e fundos de índice – trouxeram novos fluxos de receita que cresceram rapidamente nos últimos anos, disse Kuznetsov. “Os bancos perceberam que perderão relevância se não adquirirem novas aptidões muito rapidamente”, de modo que empresas que ficaram para trás vão buscar talentos nos concorrentes que, por sua vez, terão que preencher as vagas, disse.

Com isso, profissionais em busca de um novo emprego terão de acompanhar os novos tipos de negociação, disse Kuznetsov. “Você não pode mais ser um operador especialista em um determinado setor. Você tem que abordar isso de forma holística, porque as inovações no negócio exigem que tenha esse entendimento.”

O relatório da McKinsey, baseado em dados públicos e percepções de participantes do mercado, disse que o número de empregados ficou relativamente estável nos grandes bancos de investimento neste ano, diante da maior atividade dos clientes e comprometimento das empresas em manter a força de trabalho durante a pandemia.

No entanto, mais recentemente, muitos no setor financeiro enfrentam uma perspectiva de emprego mais incerta. Vários bancos deram início a demissões em grande escala, e as contratações caíram em relação ao ano anterior.

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