Política

Nelson Barbosa defende retorno de tributo de combustível, mas sugere cautela sobre momento da decisão

06 dez 2022, 13:14 - atualizado em 06 dez 2022, 13:14
Nelson Barbosa
A medida vale até o fim deste ano, mas a atual gestão propôs a manutenção da regra no Orçamento de 2023, que ainda não foi votado (Imagem: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

O ex-ministro Nelson Barbosa, membro da coordenação de Economia da transição de governo, disse concordar que o governo não deve subsidiar combustíveis fósseis indefinidamente, ponderando que é preciso avaliar o momento e a velocidade do retorno da tributação sobre esses insumos.

Em evento dos jornais O Globo e Valor Econômico nesta terça-feira, Barbosa argumentou que um retorno muito rápido dessa tributação pode dar um ganho inicial de receitas para o governo, mas acaba gerando perdas por pressionar a inflação e impactar os juros.

“A recomendação da maioria dos economistas é retornar sim a tributar, mas o momento ainda está em aberto, não há decisão sobre qual momento você vai retomar”, disse.

A tributação federal sobre combustíveis foi cortada pelo governo Jair Bolsonaro com o argumento de que era necessário mitigar o efeito da alta do petróleo em meio ao conflito na Ucrânia.

A medida vale até o fim deste ano, mas a atual gestão propôs a manutenção da regra no Orçamento de 2023, que ainda não foi votado.

Também participante do evento, o coordenador da área de Orçamento na equipe de transição de governo, senador eleito Wellington Dias (PT-PI), também alertou sobre o impacto de uma reoneração desse tipo sobre o preço dos combustíveis nas bombas.

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