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Nem todo setor da bolsa está barato, diz XP, que estima alta de 19% do Ibovespa

01 dez 2021, 14:07 - atualizado em 01 dez 2021, 14:17
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Para a XP, há setores com um prêmio de risco negativo. (Imagem: B3/Linkedin)

O Ibovespa continua barato, mas não é todo setor da bolsa que está com métricas que valem a pena, disse a XP Investimentos. A corretora estima o índice a 123 mil pontos ao final do próximo ano, um potencial de alta de cerca de 19%.

Para a XP, há setores com um prêmio de risco negativo, como tecnologia, saúde, indústria e consumo discricionário. Já o setor com maior prêmio de risco é o de materiais, segundo os analistas Fernando Ferreira, Jennie Li e Rebecca Nossig.

O prêmio de risco para as ações do Ibovespa é uma métrica para a diferença entre o rendimento de renda variável e a taxa de juros real, lembra o trecho do relatório desta quarta-feira (11).

Preço sobre lucro

Os analistas da XP dizem ainda ver setores negociados abaixo da sua média histórica com base em seu P/L (preço sobre lucro): telecom, elétricas, materiais e energia.

Os outros setores estão negociando em linha ou com um prêmio em relação ao seu histórico, como saúde e tecnologia, diz a corretora.

O múltiplo preço sobre lucro pode indicar que uma ação pode ser uma boa oportunidade que ainda não foi percebida pelo mercado.

A XP diz que o próprio Ibovespa é negociado a um P/L de 12 meses em 7,6 vezes, um desconto de quase 30% em relação à sua média de 15 anos em 11,2 vezes.

 Ao retirar as duas maiores empresas de commodities do índice Ibovespa, Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4), a relação P/L continua abaixo de sua avaliação histórica em 10,6x, comenta a corretora.

No entanto, segundo a XP, ao remover o restante de todas as empresas vinculadas a commodities (empresas de Materiais e Energia), a relação P/L do índice sobe para 11,6 vezes.

Ou seja, o Ibovespa como um todo é barato, mas quando tiramos commodities não parece tão barato”, diz a corretora.

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com Gazeta do Povo, Estadão, entre outros.
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