Neoenergia (NEOE3): Ações disparam após lucro dobrar no 2T25; Safra recomenda compra

As ações da Neoenergia (NEOE3) operam entre as maiores altas do Ibovespa (IBOV) nesta quarta-feira (23), desde o início do pregão, após a divulgação dos resultados do segundo trimestre.
Por volta das 14h30 (horário de Brasília), os papéis da companhia avançavam mais de 3%, chegando a R$ 24, depois de terem iniciado as negociações em R$ 23,50.
Hoje (23), o Safra reiterou a recomendação de compra para as ações da Neoenergia após a empresa registrar lucro líquido de R$ 1,63 bilhão no 2T25, valor que dobrou em relação ao mesmo período do ano anterior e superou as expectativas do banco.
A casa destacou, no entanto, que o desempenho positivo foi impulsionado pelo reconhecimento de um crédito tributário não recorrente de R$ 869 milhões, referente à exclusão indevida de tributos sobre a base de cálculo do ICMS.
De acordo com os analistas, excluindo esse evento extraordinário, o lucro líquido ajustado teria ficado 13% abaixo das estimativas.
No acumulado de todo o semestre, o lucro da Neoenergia somou R$ 2,63 bilhões, aumento de 36% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) alcançou R$ 3,21 bilhões no 2T25, crescimento de 8% em relação ao 2T24, enquanto as despesas operacionais subiram 4%.
Ainda segundo análise do Safra, o crescimento da receita foi impulsionado principalmente pelo desempenho do volume total distribuído, que aumentou 1,5% na comparação anual.
Além disso, os reajustes tarifários e de preços anuais, assim como a entrada em operação de novas unidades de transmissão, também favoreceram o resultado.
Resultados em linha com as expectativas
De uma forma geral, os analistas do Safra avaliaram que os números operacionais da Neoenergia vieram em linha com as expectativas.
Na visão da casa, a companhia conseguiu controlar os níveis de inadimplência e perdas.
“O reconhecimento dos créditos tributários foi inesperado e impulsionou o lucro líquido. A empresa continua avaliando desinvestimentos e parcerias para alguns de seus ativos, o que reforça sua estratégia de alocação de capital e deve ajudar a reduzir a alavancagem”, ressalta o banco.