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Netflix ganha 8,3 milhões novos assinantes e receita aumenta 16% no quarto tri de 2021

20 jan 2022, 18:14 - atualizado em 20 jan 2022, 18:58
Netflix
Netflix divulga balanço do último trimestre do ano passado (Imagem: Unsplash/ @charlesdeluvio)

A Netflix (NFLX) divulgou nesta quinta-feira (20) que, no quarto trimestre de 2021, foram adicionados 8,3 milhões de novos assinantes pagos na plataforma, e a receita aumentou 16% nos quatro meses se comparado ao mesmo período do ano de 2020.

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O lucro operacional, por sua vez, cresceu 35% ano a ano.

Em carta para os investidores, a companhia afirmou que “alcançou vários marcos em 2021”.

“Tivemos o maior programa de TV do ano (Squid Game), nossos dois maiores lançamentos de filmes de todos os tempos (Red Notice e Don’t Look Up) e a Netflix foi a maior vencedora do Emmy e rede de TV mais indicada e o estúdio de cinema mais premiado e indicado ao Oscar de 2021”, diz a carta.

Ao todo, agora a Netflix tem 222 milhões de assinantes. No terceiro trimestre de 2021, a Netflix atingiu a marca de 213,56 milhões de assinantes.

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É o suficiente?

Squid Game
Round 6 foi maior sucesso da empresa no período (Netflix / Reprodução)

A divulgação amargou as ações da companhia que, no pós-mercado da Nasdaq, caíam 12%.

Isso porque, para muitos analistas, a quantidade de membros pagos veio abaixo do que era esperado.

Nos Estados Unidos, novos entrantes no mercado, como o Peacock, da NBC, e o Paramount+, da ViacomCBS, aumentaram a competição pela atenção dos assinantes. Além desses, nomes como GloboplayDisney+, Amazon Prime Video e HBO também deixam a briga mais acirrada.

Segundo Fabro Steibel, diretor-executivo do Instituto de Tecnologia & Sociedade do Rio de Janeiro, a preocupação se dá exatamente por esse motivo.

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“Essas outras empresas têm forças que a Netflix não tem, tanto na produção quanto na distribuição de conteúdo”, diz. “Mas precisamos lembrar que a companhia tem feito sucesso de bilheteria atrás de sucesso de bilheteria.”

Rodrigo Crespi, analista da Guide, afirmou recentemente que, devido à sazonalidade do período de lançamentos da plataforma, em especial com o sucesso internacional “Round 6 (Squid Game)”, muitas pessoas assinaram a plataforma – mas isso não significa que elas mantiveram suas assinaturas quando a maratona da série acabou.

“Isso elevou o número de assinaturas, que acabou se estabilizando, e agora vemos uma queda novamente, principalmente na Ásia, na Europa e na América Latina. No Canadá e nos Estados Unidos isso é mais sustentável”, afirma Crespi.

“Acreditamos que deve haver um crescimento na margem operacional da empresa, é claro, mas de forma geral, no mundo, as assinaturas têm caído.”

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Na carta, a Netflix afirmou que “mesmo em um mundo de incerteza e aumento da concorrência, está otimista sobre as perspectivas de crescimento a longo prazo da companhia”.

Comprar ou não comprar, eis a questão

Para a Guide, ainda vale a pena comprar as ações da empresa. O mesmo é dito pelo Credit Suisse. Em nota, o analista Douglas Mitchelson afirmou que o banco mantém as ações da companhia (NFLX)  como outperform, com preço-alvo de US$ 740.

“A Netflix é um líder de alta qualidade que ainda pode crescer, mas os frutos mais fáceis foram colhidos, a concorrência está chegando, as guerras de streaming aumentarão os custos de conteúdo e a avaliação ainda não é atraente para investidores que não estão em crescimento, deixando em aberto um viés negativo para o sentimento”, afirmou Mitchelson, segundo a CNBC.

Mas Thiago Lobão, CEO da Catarina Capital, discorda. “Não é um ativo que a gente não recomenda, mas entendemos que tem um caminho de crescimento muito mais ameno, por isso não trabalhamos mais com o papel”, explica.

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Segundo ele, os motivos para isso são vários – e esbarram, é claro, na questão dos assinantes pagos. Com a divulgação dos resultados, o temor dos analistas apenas se confirmou.

“A Netflix tem grandes desafios para o ano e também para médio e longo prazo. A empresa tomou uma dimensão muito grande, a liderança do mercado, em um contexto que ele convivia basicamente com o Prime Video e com a Apple TV, duas soluções adjacentes ao negócio principal dessas companhias, e agora tem um desafio de manter o mesmo ritmo de crescimento acelerado. Então é natural que, quando o negócio cresce muito, ele não consiga crescer além daquilo, o que gera um platô, que já tem sido observado na Netflix nos últimos tempos”, diz.

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Editora
Jornalista formada pela Faculdade Paulus de Comunicação (FAPCOM) e editora do Money Times, já passou por redações como Exame, CNN Brasil Business, VOCÊ S/A e VOCÊ RH. Já trabalhou como social media e homeira e cobriu temas como tecnologia, ciência, negócios, finanças e mercados, atuando tanto na mídia digital quanto na impressa.
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