Nhoque da fortuna no dia 29: entenda a origem dessa tradição

Enquanto muitos veem o final do mês como momento de economizar com pratos simples como arroz e feijão, para outros o dia 29 é uma ocasião especial dedicada a uma simpatia que une fé, superstição e gastronomia: o nhoque da fortuna.
A lenda do nhoque da fortuna
A tradição remonta a vários séculos atrás, com a história de São Pantaleão, um andarilho faminto que, em um dia 29 qualquer, foi acolhido por uma família de agricultores. Eles ofereceram sete bolinhas de nhoque para cada pessoa da casa. Juntos, fizeram uma oração pela prosperidade da safra naquele ano. Após a partida do santo, encontraram moedas de ouro sob os pratos, um sinal de bênção e riqueza.
Desde então, o costume de comer nhoque no dia 29, deixando uma moeda ou nota sob o prato, é entendido como um gesto para atrair dinheiro e fartura.
Existem variações na tradição: algumas pessoas comem o nhoque em pé, outras fazem questão de comer exatamente sete bolinhas, mas todas concordam em celebrar essa prática no dia 29 de cada mês.

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Do prato italiano para as mesas do mundo
O nhoque tem origem italiana, com uma receita tradicional que combina batata e farinha, embora existam influências do Oriente Médio. Com a expansão do Império Romano, a receita se disseminou pela Europa e, com a migração italiana para a América do Sul, trouxe essa tradição para o Brasil.
Hoje, o nhoque da fortuna é uma prática cultural que atravessa gerações, mesmo em meio à crescente adoção de pagamentos digitais como o Pix, que podem desafiar o simbolismo do dinheiro físico na tradição.