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Ninguém esperava muito do Banco do Brasil, mas ele poderia se esforçar um pouco mais

07 ago 2020, 11:32 - atualizado em 07 ago 2020, 11:46
Banco do Brasil
Faltou capricho: resultados do Banco do Brasil ficaram aquém das expectativas (Imagem: LinkedIn/ Banco do Brasil)

Apesar de subir 2% na Bolsa ontem (6), o Banco do Brasil (BBAS3) provocou algum decepção no mercado com o balanço do segundo trimestre. A impressão geral dos analistas é que a instituição ficou abaixo das expectativas, que já eram pequenas.

“O Banco do Brasil reportou resultados fracos no 2T20, com lucro 12% abaixo da nossa estimativa e 9% abaixo do consenso em R$ 3,3 bilhões, implicando um ROE de 11,4%”, afirmou Marcel Campos, analista financeiro da XP Investimentos, em relatório aos clientes.

O analista observa que o resultado foi prejudicado pela decisão do banco de lançar R$ 1,3 bilhões como baixas contábeis (impairment), referentes a operações de grandes empresas classificadas como problemáticas.

Comparação ajuda

O Banco do Brasil contou, também, com a ajuda dos concorrentes, que divulgaram balanços igualmente fracos e, portanto, ajudaram a baixar as expectativas. A avaliação é do Credit Suisse, em relatório assinado por Marcelo Telles, Otavio Tanganelli e Alonso Garcia, e obtido pelo Money Times.

“Acreditamos que as expectativas para os resultados podem ter sido baixas, em consequência dos resultados dos bancos divulgados no início do mês”, afirmam os analistas. Isso explicaria, segundo o banco suíço, o bom desempenho das ações do banco no pregão de ontem (6).

Mesmo sem satisfazer plenamente o mercado, o Banco do Brasil ainda conta com seu apoio. A XP Investimentos reforçou sua recomendação de compra para os papéis, com preço-alvo de R$ 43, devido à “posição defensiva do banco” e aos “múltiplos atrativos”.

O Credit Suisse manteve a recomendação de outperform (desempenho esperado acima da média do mercado), com preço-alvo de R$ 41 para os próximos 12 meses.

Veja o balanço do segundo trimestre, divulgado ontem pelo Banco do Brasil.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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