No Banco do Brasil (BBAS3), o piso virou teto com novo guidance; veja projeções
O Banco do Brasil (BBAS3) revisou o seu guidance (projeções) para 2025 em meio a resultados fracos.
Segundo a companhia, a expectativa de lucro no ano passou de R$ 21 bilhões a R$ 25 bilhões para R$ 18 bilhões a R$ 21 bilhões.
A nova previsão fica abaixo do ponto médio das estimativas de analistas compiladas pela LSEG, de R$ 22,375 bilhões para o ano.
Ou seja, o que antes era o piso, agora é o teto da faixa.
Já o custo de crédito aumentou de R$ 53 bilhões a R$ 56 bilhões antes para R$ 59 bilhões e R$ 62 bilhões.
O restante das projeções seguem inalteradas.
Veja abaixo:
| Indicadores | Intervalo 2025 (anterior) | 9M25 Observado | Intervalo Revisado | Status |
|---|---|---|---|---|
| Carteira de Crédito¹ – variação (%) | 3,0 a 6,0 | 7,3 | — | Mantido |
| • Pessoas Físicas – variação (%) | 7,0 a 10,0 | 7,9 | — | Mantido |
| • Empresas – variação (%) | 0,0 a 3,0 | 11,6 | — | Mantido |
| • Agronegócios – variação (%) | 3,0 a 6,0 | 3,2 | — | Mantido |
| Carteira Sustentável – variação (%) | 7,0 a 10,0 | 8,0 | — | Mantido |
| Margem Financeira Bruta (R$ bilhões) | 102,0 a 105,0 | 75,3 | — | Mantido |
| Custo do Crédito² (R$ bilhões) | 53,0 a 56,0 | 44,0 | 59,0 a 62,0 | Revisado |
| Receitas de Prestação de Serviços (R$ bilhões) | 34,5 a 36,5 | 26,0 | — | Mantido |
| Despesas Administrativas (R$ bilhões) | 38,5 a 40,0 | 29,0 | — | Mantido |
| Lucro Líquido Ajustado (R$ bilhões) | 21,0 a 25,0 | 14,9 | 18,0 a 21,0 | Revisado |
Resultados do Banco do Brasil
O Banco do Brasil terminou o terceiro trimestre de 2025 com lucro líquido ajustado de R$ 3,8 bilhões, queda de 60% ante o mesmo período do ano passado, mostra documento enviado ao mercado nesta quarta (12).
A cifra ficou dentro do esperado pelas projeções de analistas, que apontavam lucro líquido de R$ 3,2 bi.
É o terceiro recuo dos números após 16 trimestres consecutivos de crescimento anual do lucro. Além disso, foi o único, entre os grandes bancos, a apresentar redução.
“Para 2025, reconhecemos que, diante das dificuldades, entregaremos um lucro médio menor que o do ano passado, mas ainda com uma rentabilidade sólida, considerando o volume de provisões que vamos contabilizar”, disse Geovanne Tobias, vice-presidente de Gestão Financeira e Relações com Investidores.