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No mercado onde “o vencedor leva o máximo”, Eletromidia tem vantagens para se manter líder

26 mar 2021, 16:14 - atualizado em 26 mar 2021, 19:23
Eletromídia
A Ágora Investimentos iniciou a cobertura das ações da Eletromidia com recomendação de compra e preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 24 (Imagem: Eletromídia/Divulgação)

A Eletromidia (ELMD3) está bem posicionada como líder de mercado de OOH (Out-of-Home, publicidade estática) e DOOH (Digital-Out-of-Home, publicidade dinâmica), disse a Ágora Investimentos. De acordo com a corretora, em um setor onde “o vencedor leva o máximo”, já que a maioria dos contratos é exclusiva e de longo prazo, a companhia conta com vantagens competitivas que explicam seu potencial de crescimento superior.

A Ágora iniciou a cobertura das ações da Eletromidia com recomendação de compra e preço-alvo ao fim de 2021 de R$ 24. Os analistas acreditam que a empresa tem espaço para mais expansão, uma vez que o mercado de OOH e DOOH tem pouca penetração e é altamente fragmentado.

A Eletromidia é atualmente a maior empresa do setor OOH no Brasil, totalizando 22% de participação de mercado. Seus dois maiores concorrentes são JCDecaux e Otima. A principal diferente entre as companhias é que, enquanto aproximadamente 70% das telas da Eletromidia são digitais (DOOH), a participação de telas digitais de JCDecaux e Otima é de apenas um dígito.

“Ser uma empresa única com alta proporção de telas digitais em relação aos concorrentes é especialmente importante, pois permite a diferenciação na oferta de seus serviços: as soluções de publicidade da Eletromidia atingem diferentes públicos simultaneamente, proporcionando sinergias entre seus segmentos, que em nossa visão se traduz em maior valor para seus clientes, aliado ao seu domínio em cidades-chave (São Paulo e Rio de Janeiro)”, afirmaram os analistas Fred Mendes e Luiza Mussi, em relatório divulgado ontem à noite.

O peso maior do DOOH nas operações da Eletromidia também é bom porque é um mercado que está crescendo de maneira mais acentuada. A Ágora destacou que, enquanto o setor OOH apresentou CAGR (taxa de crescimento anual composta) de cerca de 10% entre 2013 e 2019, o mercado DOOH cresceu 15% no mesmo período.

A tendência deve continuar. Para o período de 2020 a 2023, a expectativa é de que o mercado OOH cresça 6,8% e o DOOH 12%.

Quatro motivos para comprar a ação

A Ágora listou quatro pontos que explicam por que é hora de comprar a ação da Eletromidia.

A primeira razão já foi mencionada, que é a boa posição da companhia no setor. A Eletromidia é a única empresa que reúne “compras em um único lugar”, o que torna seus serviços mais atraentes para os clientes.

O segundo motivo é o valuation atraente. O papel da companhia está sendo negociado a 7,8 vezes EV/EBITDA (valor da empresa sobre Ebitda) para 2022, um desconto de 54% para os pares globais.

Eletromidia
A Eletromidia possui uma estratégia de crescimento bem definida, disse a Ágora (Imagem: Facebook/Eletromidia)

O terceiro fator é que a Eletromidia possui uma estratégia de crescimento bem definida. A empresa tem planos de dar continuidade aos projetos de ampliação de telas instaladas. Ela também tem uma estratégia estabelecida para os segmentos de elevadores, ruas e shoppings.

Em relação à agenda de M&As (fusões e aquisições), os analistas falaram que a Eletromidia tem uma estratégia comprovada com sucesso. Por meio de diversos acordos de M&A, a empresa conseguiu se tornar a principal empresa no setor, tanto em termos de faturamento geral quanto em painéis. E, segundo a Ágora, há espaço para mais.

“A Eletromidia deve olhar principalmente para contratos estratégicos em regiões ou locais onde já está operando, por exemplo, o aeroporto GRU, que permitiria à empresa operar em cinco segmentos em São Paulo”, comentaram Mendes e Mussi.

O último ponto destacado pela corretora é que, com o afrouxamento das medidas de distanciamento social, esperadas para o terceiro e quarto trimestre deste ano, haverá aumento na ocupação da tela.

“Esperamos um cenário melhor no futuro, com base na perspectiva de retorno à normalidade após as restrições impostas pela Covid, principalmente para o terceiro trimestre de 2020 e quarto trimestre de 2021, em linha com a perspectiva de vacinação mais generalizada da população. Isso nos leva a ver a empresa como um importante play para a reabertura econômica”, disseram os analistas.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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